Candidato à reeleição, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) classificou de “estranha” a estratégia do adversário na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes Paulo Skaf (PMDB) em esconder apoio dos aliados Paulo Maluf (PP), Gilberto Kassab (PSD) e Luiz Antônio Fleury Filho (PMDB). Tucano e peemedebista polarizam a eleição, com 47% e 23%, respectivamente, das intenções de voto, segundo pesquisa Ibope da semana passada.

“Estranho esconderem seus apoios. A população tem o direito de saber quem são as companhias. Na política, se diz: ‘Diga-me com quem andas que eu dir-te-ei quem és’”, afirmou Alckmin, negando que sua postura mais crítica seja demonstração de desespero, como tem pregado Skaf. O tucano explorada a questão principalmente no programa de televisão exibido no horário político.

Ao Diário, o peemedebista disse ter recebido apoio do PP, PSD, PMDB e não do deputado federal Maluf, ex-prefeito da Capital Kassab ou do ex-governador Fleury – que atua como coordenador da campanha do PMDB ao Palácio dos Bandeirantes. Skaf contestou a informação, alegando que Alckmin cogitou emplacar Kassab em sua vice e tentou firmar alianças com o PSD e PP.

Skaf já havia renegado apoio de aliados em outra oportunidade. Ele desviou diversas vezes da cobrança por adesão pública à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), embora o pedido tenha partido do vice-presidente da República e líder do PMDB nacional, Michel Temer. Em evento do PMDB, em Jales, no Interior, ao lado da chefe do governo federal, fez passagem relâmpago e não citou o nome da petista no discurso.

Pelo fato de PT e PMDB serem aliados em nível nacional, o coordenador da campanha de Dilma no Estado, o prefeito de São Bernardo Luiz Marinho (PT), buscou combinar com Skaf atividades conjuntas para alavancar a presidente em território paulista, onde tem apenas 23% das intenções de voto, segundo o Datafolha. Skaf negou a tática.

AGENDA
Alckmin visitou na manhã de ontem a Beauty Fair, no Expo Center Norte, e destacou a importância do setor para a economia e criação de postos de trabalho.

“Esse é um dos setores que mais crescem, que geram e distribuem renda. É importante fortalecer a economia criativa e a capacidade empreendedora. São Paulo terá oito polos de desenvolvimento criativo: quatro na região metropolitana de São Paulo e quatro em regiões menos desenvolvidas no Interior”, afirmou o tucano.