Política Titulo Valor
Sesi e Skaf escondem dados sobre taxa escolar

Instituição e candidato do PMDB ao Estado não
detalham valor arrecadado com as anualidades

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
09/09/2014 | 07:27
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Marina Brandão/DGABC


O Sesi, instituição ligada à Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), omite informações sobre valor arrecadado das taxas cobradas aos alunos. A taxa foi instituída pelo seu presidente licenciado e candidato do PMDB ao governo do Estado, Paulo Skaf, que, em propaganda eleitoral, divulga que o ensino Sesi é gratuito – o peemedebista também não detalha os custos.

Instituída em 2007, a anualidade varia entre R$ 1.500 para o Ensino Fundamental e R$ 2.300 para Ensino Médio, e tem sido motivo de polêmica nos últimos dias, principalmente depois de alguns pais de alunos reclamarem sobre o valor pago, considerando-o injusto. A prática já é alvo do MPF (Ministério Público Federal) e foi contestada por algumas entidades sindicais, pois o Sesi é mantido com recursos do Sistema S, que possui benefícios fiscais e verbas diretas do governo federal de custeio.

O Sesi não informou o montante arrecadado anualmente com as taxas e não há qualquer informação sobre as contribuições em seu site oficial sobre o assunto.

Presidente da instituição de 2004 a maio deste ano, Skaf realizou durante sua campanha discursos afirmando que o Sesi oferece ensino gratuito de excelência e que esse será o modelo implantado nas escolas estaduais, caso seja eleito governador.

Quando questionado sobre as cobranças, o peemedebista admitiu tratar-se de contribuição que não é obrigatória, enfatizando “que paga quem puder”. Segundo ele, o valor é irrisório para alguns alunos. “(A taxa) Cobre parte do custo de alimentação. Quanto custam três refeições por dia, um lanche da tarde e um café da manhã? (O aluno) Paga R$ 150 por mês. Quem pode pagar, dá contribuição que a ele não faz falta e que ajuda essa grande revolução que fizemos na Educação do Sesi”, explicou, anteriormente.

Skaf também tem defendido a bandeira pela redução de impostos. Ele utilizou a estrutura da Fiesp para contestar judicialmente aumento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) na Capital.

Procurado pelo Diário, Skaf disse, por meio de assessoria, que não iria comentar a omissão de dados do Sesi por não mais presidir a entidade – em seu lugar está seu antigo vice, Benjamin Steinbruch. O peemedebista está em segundo lugar nas pesquisas de intenções de voto. 




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