Política Titulo Caso Petrobras
Para Marina Silva, gestão do PT foi conivente com quadrilha na Petrobras

Socialista evita culpar diretamente rival por caso de corrupção na empresa

Júnior Carvalho
Especial para o Diário
09/09/2014 | 07:25
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Divulgação


Candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva acusou o governo da presidente e postulante à reeleição, Dilma Rousseff (PT), de ser conivente com denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras. A socialista criticou a atual administração por manter “toda essa quadrilha que está acabando” com a estatal, mas evitou culpar pessoalmente a adversária pelos escândalos de pagamento de propina, delatados à Justiça pelo ex-diretor da empresa Roberto Paulo Costa. As acusações foram divulgadas pela revista Veja no fim de semana.

“A presidente tem responsabilidades políticas. Eu não seria leviana de dizer que ela (Dilma) tem responsabilidade direta. Eu prefiro que as investigações aconteçam. Eu não vou querer ganhar eleição a qualquer custo, a qualquer preço”, argumentou, em tom de crítica ao presidenciável Aécio Neves (PSDB), que afirmou que “não dá para dizer que Dilma não sabia de nada”.

Segundo a Veja, depoimentos de Paulo Roberto Costa revelam suposto esquema de pagamento de propina a governadores e senadores governistas em contratos da Petrobras. A reportagem elenca lista de supostos favorecidos pelo esquema, conforme relato do ex-diretor. Entre os nomes delatados está o do governador de Pernambuco e ex-nome do PSB na corrida presidencial Eduardo Campos (morto em agosto), com quem Marina se aliou em 2013. A lista também inclui o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, e os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Henrique Eduardo Alves e Renan Calheiros (todos do PMDB), além de deputados do PT e do PP.

Marina evitou cravar que menções a Eduardo poderiam causar desgastes à sua campanha. A socialista se limitou a destacar que está “preocupada com a verdade” e citou passagem bíblica para defender as investigações. “Queremos que as investigações sejam feitas com todo rigor, doa a quem doer”, salientou. “Conhecereis a verdade que ela voz libertará”, finalizou. 




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