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Dilma confirma que Guido Mantega não seguirá no governo

Depois de sinalizar que trocaria equipe em eventual 2º mandato, petista diz que ministro da Fazenda comunicou futura saída por motivos pessoais

Júnior Carvallho
Especial para o Diário
09/09/2014 | 07:20
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A presidente da República e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), garantiu ontem que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não seguirá à frente da Pasta caso ela seja reeleita. Em nítida intenção em resgatar o prestígio em meio à crise econômica, a petista afiançou que o aliado não seguirá no posto num eventual segundo mandato “por motivos pessoais”.

“Ele (Guido) comunicou que não tem como ficar no governo no segundo mandato por questões pessoais que eu peço para vocês respeitarem”, revelou a presidente, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, na tarde de ontem.

É a primeira vez que Dilma crava a saída de Mantega, mas a petista já havia sinalizado mudanças na equipe ministerial caso permanecesse à frente do Palácio do Planalto. “Governo novo, equipe nova”, disse a petista recentemente.

A presidente, no entanto, não quis revelar quem seria o sucessor, argumentando que não vai “sentar na cadeira antes da hora”, em alusão ao fatídico caso da disputa pela prefeitura de São Paulo, em 1985, quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) – então líder nas pesquisas – sentou-se na cadeira do prefeito antes do fim do pleito para posar para foto. O tucano, no entanto, acabou sendo derrotado por Jânio Quadros.

O anúncio da saída de Mantega mostra mudança drástica no discurso da petista no último mês da eleição, agendada para o dia 5 de outubro. Antes de o PSB trocar a candidatura de Eduardo Campos (PSB), que morreu em agosto após acidente aéreo, em Santos, pela de Marina Silva (PSB), Dilma negava veementemente discutir possíveis ajustes em sua equipe ministerial. O primeiro sinal de que faria alterações se deu após pesquisas indicarem crescimento da ex-senadora e possível derrota do PT no segundo turno.

A presidente também sinalizou mudança na política econômica caso seja reeleita.

PETROBRAS
Dilma comentou as denúncias de pagamento de propina a diversos políticos em contratos da Petrobras. A acusação foi feita pelo ex-diretor da estatal Roberto Paulo Costa, em delação premiada à Justiça. O caso foi divulgado pela revista Veja no fim de semana. A petista alegou que o governo não foi acusado oficialmente e classificou como “estarrecedor” o fato de as denúncias terem sido feitas por servidor de carreira. Ela garantiu que já solicitou à PF (Polícia Federal) e ao Ministério Público acesso ao depoimento. 




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