Política Titulo Fora do 1º escalão
Insatisfeito, PCdoB ameaça romper com Luiz Marinho
Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
24/01/2013 | 07:14
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A decisão do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), de deixar alguns partidos aliados fora do primeiro escalão começa a dar dor de cabeça ao petista. Reclamando falta de espaço, o PCdoB ameaça romper com o chefe do Executivo.

Presidente do diretório comunista local, Jorge Oliveira afirma que a legenda sente-se alijada da administração municipal e que tal situação é o "prenúncio de rompimento". "Existe um descontentamento dentro do partido. Elegemos dois vereadores (José Walter Tavares e Martins Martins) e não fomos reconhecidos", considerou o dirigente.

Ao fazer o anúncio do secretariado na semana passada, Marinho alegou que o governo não é formado apenas com o primeiro escalão e disse que o PCdoB integra a gestão como um todo, assim como outras siglas partidárias. Oliveira, porém, rebate a tese de Marinho e garante que a sigla não tem cargos no Paço. "Nunca tivemos participação institucional no governo."

Apesar do discurso duro, o comunista salienta que o partido está disposto a dialogar com o prefeito e mantém um pacto de governabilidade com o governo. "Essa é uma decisão de manter uma relação mínima com o Parlamento", avalia.

Se deixar a base governista, o PCdoB pode liderar uma frente antiMarinho com outras siglas com representação na Câmara, mas fora do governo, colocando em xeque a governabilidade do petista.

Secretário de Governo e responsável pela articulação entre o Paço e os partidos aliados, José Albino (PT) colocou panos quentes na insatisfação dos comunistas.

Segundo ele, não se cogita a possibilidade de rompimento com o PCdoB. "É um aliado de primeira hora do governo. O espaço deles na administração permanece o mesmo", disse o articulador.

Albino afiança que a gestão mantém o espaço para diálogo com os aliados. "Esse tipo de manifestação é completamente normal, não há problema nisso."

O PCdoB já deu dor de cabeça a Marinho na eleição para presidente da Câmara. A legenda cogitou lançar Tavares candidato à presidência da Casa, tumultuando os bastidores do Legislativo. A candidatura, no entanto, não se concretizou.

 

 




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