Candidato ao governo do Estado pelo PMDB, Paulo Skaf foi à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo ontem, no Centro, e se aprofundou em apenas dois temas dos sete propostos pela entidade em parceria com a Associação dos Ministérios Públicos e Apamagis (Associação Paulista de Magistrados).

Nos cerca de 20 minutos que palestrou aos presentes, o peemedebista utilizou 15 minutos para reafirmar promessas eleitorais para áreas como Segurança, Mobilidade, Educação. Assuntos polêmicos, como eleição direta para o MP e autonomia orçamentária para o Judiciário, ficaram de fora da pauta. “Todos eles (organizadores) ficaram muito felizes, me cumprimentaram e entenderam que era muito importante outros poderes entenderem outras preocupações nossas”, declarou o candidato.

Precatório foi o item proposto que teve maior atenção de Skaf. O peemedebista disse considerar “absurdo” o Estado ter cerca de “R$ 11 bilhões” em passivo judicial. “Vamos pagar. O Estado deveria dar exemplo e honrar dívida com as famílias que têm precatórios alimentares. Governo, MP e a OAB devem se unir para encontrar um caminho. O neto não pode ficar brigando por um direito que é do avô que já morreu”, comparou, assumindo, entretanto, que o Orçamento paulista não tem capacidade para quitar débitos de imediato.

Outra pauta aprofundada foi a modernização do sistema judiciário. O candidato prometeu, se eleito, investir em tecnologia para acelerar o andamento de processos no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). “Os processos precisam ter agilidade para serem julgados. Não podem levar dez anos para se tomar decisão.”

Em entrevista, o candidato evitou se posicionar sobre eleição direta para o MP. Ele alegou que a Constituição prevê escolha do governador para promotores. “Não há o que se propor a não ser que fosse mudança da Constituição, o que não é nosso caso.”

Skaf voltou a despistar sobre a presença no evento do PMDB em Jales, amanhã, que terá participação da presidente Dilma Rousseff (PT) e do vice-presidente Michel Temer (PMDB).