Com cordialidade latente, rivais na política participaram de inauguração de fábrica automotiva em Jacareí, no interior do Estado
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), que na corrida eleitoral buscam à reeleição em lados opostos, adotaram clima amistoso e trocaram gentilezas durante agenda administrativa de ontem, na inauguração da Chery, fábrica automotiva chinesa, em Jacareí, no interior do Estado. Ambos, no entanto, buscaram discursos diferenciados ao mensurar a representatividade da chegada da marca em território nacional.
Para Temer, os atributos precisam ser creditados à política de relacionamento trabalhada pelo governo federal. “Podemos dizer hoje que somos o maior parceiro comercial da China, mas isso só aconteceu porque eles acreditam em nosso futuro econômico. É preciso confiar para se investir e nós ganhamos essa confiança”, destacou.
Já o governador Geraldo Alckmin salientou que o pacote de investimentos feito pelo Estado possibilitou a chegada de empresa deste porte. “Nosso trabalho é investir em recurso humano, com a criação de Etecs (Escolas Técnicas Estaduais) e Fatecs (Faculdades de Tecnologia). Capacitamos cada vez mais os nossos jovens para o mercado, potencializando a mão de obra”, argumentou o tucano.
O chefe do Executivo estadual também ressaltou ações de infraestrutura e incentivos dados às companhias. “O que muito ajudou nesta região (do Vale do Paraíba) foi a duplicação da Rodovia dos Tamoios, na saída da (Rodovia) Presidente Dutra. Trabalhamos também com o programa Pró-Veículo, responsável pela diferença do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para bens e capital. Esse pacote de ações expõe o Estado como seguro para investimentos”, ressaltou o governador. O Pró-Veículo permite à empresa utilizar créditos de ICMS para modernização, ampliação de plantas industriais e construção de outras fábricas.
RESPOSTA
Geraldo Alckmin classificou a propaganda eleitoral do rival do PT na corrida pelo Palácio dos Bandeiras, Alexandre Padilha, como mentirosa. “A campanha precisa ser propositiva, você falar para o futuro e projetar ações. Não é lugar de fazer ofensas e mentiras deslavadas. Porém, a Justiça (Eleitoral) corrigiu”, afirmou.
O repúdio do tucano ocorreu um dia após a Justiça determinar a suspensão de uma propaganda política em que Padilha se refere como o criador do Programa Mais Médicos, do governo federal, no período em que foi ministro da Saúde, ironizando Alckmin, ao citar que ele criou no Estado o ‘mais crime’.
Participaram também do evento os ministros do Trabalho, Manoel Dias, e do Desenvolvimento, Mauro Borges.
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