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Com Padilha patinando na pesquisa, ex-presidente convoca militância a defender candidatura petista

Líder do PT fala a filiados pedirem voto a ex-ministro ‘sem ter vergonha’

Cynthia Tavares
29/08/2014 | 07:31
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Principal cabo eleitoral do candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes, Alexandre Padilha, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou ontem atenção da militância petista a vestir a camisa e pedir votos “sem ter vergonha” ao representante da legenda na corrida eleitoral estadual. A fala expôs estratégia para tentar alavancar a campanha, que está estacionada em pesquisas eleitorais na terceira posição, com apenas 5% da preferência do eleitorado.

A cobrança foi feita no fim da tarde de ontem, em carreata no Centro de São José dos Campos, no Interior, que terminou em minicomício. O tom do discurso foi tentar curar as feridas da sigla após o julgamento do Mensalão, que condenou e levou à cadeira figuras ilustres do petismo, como José Dirceu, José Genoino e João Paulo Cunha.

“Queria olhar para cada petista aqui, homem e mulher, e falar de tema delicado: a corrupção. Sei que eles (oposição) passaram sete anos acusando o PT. Sei que tem muita gente do PT que fica encabulada, com vergonha, inibida. Temos de voltar a nos orgulhar de colocar nossa camisa, a estrela no peito, a faixa do Padilha na casa da gente e levantar a cabeça”, discursou Lula, sem citar nominalmente o caso.

O ex-presidente justificou a declaração destacando feitos de seu mandato. “Fui o presidente que mais colocou gente na PF (Polícia Federal), dei liberdade ao Ministério Público, indiquei os procuradores apresentados pela categoria. Só tem um jeito de alguém não ser molestado neste País: é ser honesto e competente. Se for irresponsável com dinheiro público, seja do PT ou de qualquer outro partido, tem de pagar pela irresponsabilidade”.

O ex-presidente da República também comentou o resultado das pesquisas eleitorais e o fato de seu afilhado na corrida eleitoral do Estado ainda não figurar entre os protagonistas da eleição. Segundo o petista, “não se pode desprezar” os resultados, adicionando, entretanto, que os números “são fotografia do momento”. “Acho que você, Padilha, não deve ter raiva, mas precisa ser mais duro com a bandalheira que está acontecendo neste Estado. Não consigo entender como o povo reclama tanto e o (Geraldo) Alckmin (do PSDB, governador e candidato à reeleição) tem 50% nas pesquisas (de intenção a voto). Alguma coisa está errada.”

Padilha novamente utilizou o discurso de minimizar os estudos eleitorais, afirmando que “a pesquisa que vale é a do povo, a das urnas, no dia 5 de outubro”. “Agora é hora da virada. O jogo de fato começa agora.” 




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