Após ser utilizado nos últimos dois anos para sediar as sessões da Câmara de São Bernardo, o Teatro Cacilda Becker deve ficar de cara nova, já que o prefeito Luiz Marinho (PT) afirmou que avalia a possibilidade de reformar o espaço.

"Assim como pretendemos reestruturar outros equipamentos culturais, vamos também estudar a reforma do Cacilda Becker", disse o petista.

Localizado no complexo arquitetônico que reúne os prédios da Prefeitura e da Câmara, o teatro foi inaugurado em agosto de 1969, com capacidade para abrigar 450 pessoas. O espaço foi batizado com o nome de umas das principais atrizes do teatro brasileiro - Cacilda Becker Yaconis, que morreu dois meses antes da inauguração do teatro que a homenageava.

Para receber os vereadores toda quarta-feira nas sessões legislativas e outros eventos da Casa, como sessões solenes e audiências públicas, o espaço teve de ser adaptado. Foram instaladas as bancadas dos vereadores e o painel de votação da Câmara.

Grades também foram colocadas após a polêmica votação do projeto que substituiu o Fuprem (Fundo Municipal da Previdência) pela autarquia SBCPrev, quando servidores inconformados com a mudança invadiram o plenário, impedindo a votação do texto.

O teatro foi a opção encontrada pelo ex-presidente da Câmara Hiroyuki Minami (PSDB) para abrigar os trabalhos durante a reforma do prédio do Legislativo, iniciada em novembro de 2011 e que deve ser completamente entregue em março.

A obra estava prevista para ser concluída em outubro, mas foi interrompida por falta de verba. São necessários mais R$ 6,5 milhões para terminar as salas destinadas aos setores administrativos do prédio e compra de mobiliário.

O montante será retirado do Orçamento da Casa de 2013, de R$ 69 milhões. A conclusão da intervenção ficará a cargo do novo presidente da Câmara, Tião Mateus (PT).

O petista já devolveu o Teatro Cacilda Becker à administração municipal, mas pode ter de utilizar o espaço de novo.

O inacabado prédio do Legislativo ainda não tem laudo dos bombeiros. O complexo passará por processo de vistoria para obter a liberação até 6 de fevereiro, quando termina o recesso parlamentar.

Sem o laudo, Tião vai procurar outro espaço, sendo o Teatro Cacilda Becker a opção mais viável ao petista.