Política Titulo Frota própria
Banha pretende cancelar locação dos veículos

Presidente da Câmara de Ribeirão avalia que R$ 10,8 mil mensais podem ser usados para compra de novos carros

Cynthia Tavares
do Diário do Grande ABC
13/01/2013 | 07:52
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O presidente da Câmara de Ribeirão Pires, Edson Savietto, o Banha (PDT), pretende cancelar o contrato de locação dos dez carros utilizados pelos parlamentares. O pedetista estuda comprar novos veículos com o dinheiro destinado no acordo.

Mensalmente, a Casa desembolsa R$ 10,8 mil para ter direito a usar dez Uno Mille modelo 2011/2012 com travas e vidros elétricos, ar-condicionado e direção hidráulica. O contrato chegou a ser renovado pelo ex-comandante do Legislativo Gerson Constantino (PSD) em dezembro.

Banha foi consultado, ainda na condição de vereador reeleito, e não se opôs à renovação. Porém, ao assumir a Câmara, entendeu que a verba pode ser destinada para aquisição de novos veículos. "Vou cancelar o contrato e adquirir os carros como patrimônio público", avaliou.

Na análise do pedetista fica mais rentável usar os R$ 10,8 mil na compra de carros do que destinar o montante para veículos que não pertencem à administração. Atualmente, a Casa possui dois veículos próprios: um utilizado pelo setor administrativo e outro exclusivo do presidente.

O mandatário destacou que valor mensal com a locação subiria com a necessidade de locar mais veículos. Os carros seriam destinados aos seis novos parlamentares que iniciaram o mandato nesta legislatura.

Primeiro secretário da Câmara, Gabriel Eid Roncon (PR) ressaltou que a mesa diretora teme que o contrato de locação crie problema com o TCE (Tribunal de Contas do Estado). "As decisões são de acordo com a Justiça. O Banha ouviu muito os integrantes da mesa e resolvemos cancelar o contrato para nos precaver de qualquer apontamento que possa ser feito", considerou.

O atual presidente mudou sua concepção sobre compra de veículos. Em 2003, Banha acabou com a frota própria alegando alto custo de manutenção - que não existe no caso de locação, tendo em vista que a empresa troca o veículo com problema.

Os vereadores passaram a utilizar os próprios veículos e o valor da gasolina estava incluso na verba de gabinete (R$ 2.400 mensais). O TCE julgou diversas contas da Câmara irregulares devido ao subsídio, extinto em 2011. Banha chegou a ser condenado pelas contabilidades de 2003 e 2004, mas conseguiu reverter o parecer contrário.

A Casa possui contrato com posto de gasolina, onde todos os veículos são abastecidos. O custo mensal com combustível gira em torno de R$ 20 mil.




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