Será lançado amanhã, com abertura de exposição, 'Antunes Filho, Poeta da Cena' (Editora Sesc, 398 pág, preço médio R$ 120), livro de fotos e textos que remontam a trajetória do dramaturgo Antunes Filho desde a encenação de 'Macunaíma', em 1978, até 'Policarpo Quaresma', que entrou em cartaz em março do ano passado. Todos os registros feitos pelo italiano Emidio Luisi.

O encontro será no Sesc Consolação (Rua Doutor Vila Nova, 245, São Paulo. Tel.: 3234-3000), a partir das 20h e contará com a presença, além de Antunes e Luisi, de Sebastião Milaré, que assina os textos do livro. Exposição homônima à obra será lançada simultaneamente no espaço.

Os dois autores se dedicam com afinco aos projetos do dramaturgo paulistano. Luisi, que há 30 anos fotografa as bocas de cena teatrais, nesse mesmo período acompanha a carreira de Antunes, registrando relação de público e obra e principalmente o trabalho dos atores após as duras aulas do diretor, que é conhecido por ser extremamente exigente e severo com seus aprendizes.

Milaré é jornalista, crítico e pesquisador de teatro. Há dez anos pesquisa a disciplina teatral de Antunes Filho, observando referências estéticas e analisando os processos de desenvolvimento do potencial expressivo dos artistas que trabalham com ele. Ele é autor de dois livros sobre o encenador.

HISTÓRIA
Nascido em 1929, Antunes Filho é um dos maiores expoentes do teatro brasileiro. Em 1952, foi assistente de direção do clássico Teatro Brasileiro de Comédia. Em 1978, com grupo que seria embrião da Companhia Paulista de Teatro (da qual está à frente até hoje), o diretor estreou 'Macunaíma'. Modificando a relação dos atores com a história, criou espetáculo baseado em improvisos, onde o trabalho de aprimoração dos atores buscava a criação de processo e de linguagens específicos, onde a dramaturgia era construída a partir de um texto literário.