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Vikings invadem São Bernardo no Mundial
Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
04/12/2011 | 07:30
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Ricardo Trida/DGABC


O Poliesportivo de São Bernardo se vestiu de vermelho e branco, ontem, no Mundial de Handebol Feminino. Cerca de 60 dinamarqueses estiveram presentes empurrando a seleção na estreia contra o Uruguai. No fim, nem precisou da energia vinda das arquibancadas, já que pouco a pouco as européias construíram a tranquila vitória por 36 a 10.

Acostumados com o handebol, já que a Dinamarca é um dos precursores da modalidade, os torcedores ensaiavam gritos de guerra e jogavam com o time, ditando o ritmo dos ataques através das palmas. Entre os dinamarqueses estava um bastante especial, Bjarne Jensen, que nasceu em Odense, mas há 50 anos mora no Brasil. "Tenho o melhor de cada País. Vou à Dinamarca sempre em julho, quando lá é verão e retorno ao Brasil no início do inverno", orgulha-se.

Jensen acompanhou com afinco a partida, tanto que só parou para falar no intervalo. "É muito diferente o handebol para o dinamarquês e para o brasileiro. Lá estamos acostumados com os jogos, o ginásio fica cheio, não é como no Brasil", comparou.

Na hora de escolher, entretanto, ele fica em cima do muro. "Minha parte dinamarquesa adora handebol, mas o resto é apaixonado por futebol", confessou o morado de São Paulo, que é corintiano. "Amanhã não posso perder a final do Brasileirão", lembrou.

Outro fã dinamarquês na arquibancada era Karl Bagger. Ele nasceu no Brasil, mas ainda criança foi para a capital Copenhague, onde se apaixonou pelo país. "Moro em Santos, mas quando soube que a Dinamarca jogaria em São Paulo fiz esforço para vir e trazer minha filha. Gosto do handebol, mas estou aqui porque amo o país", contou o torcedor, segurando na bandeira e vestindo chapéu viking, uma das principais tradições da Dinamarca.

Enquanto os torcedores se esforçavam para gritar, em quadra, a Dinamarca não encontrou resistência conta o Uruguai. O jogo estava tão tranquilo que, no segundo tempo, a armadora Kristina Kristiansen arriscou arremesso abusado, mandando a bola de costas para o gol após rápido contra-ataque. O chute foi para fora, mas nada que atrapalhasse a vitória por 36 a 10.

Ainda ontem, o Poliesportivo recebeu mais dois jogos. A Suécia, outro país nórdico favorito ao título, não deu chances para a Argentina e venceu por 37 a 11. No fechamento da rodada, a Croácia passou pela Costa do Marfim por 36 a 20.

A competição prossegue hoje com mais seis jogos: Alemanha x Montenegro, China x Noruega, Islândia x Angola (os três pelo Grupo A, em Santos). Coreia do Sul x Cazaquistão, Espanha x Rússia e Austrália x Holanda (pelo Grupo B, em Barueri).

 

Em apenas dois dias, um notebook e uma câmera foram roubados

 

Infelizmente está virando moda no Brasil. Assim como aconteceu na última edição do São Paulo Fashion Week, em fevereiro, o Mundial de Handebol Feminino também está sofrendo com roubo de equipamentos de fotógrafos. Em apenas dois dias de competições, já foram furtadas uma câmera e um notebook, ambos no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, principal sede do torneio.

Nos dois casos, o equipamento estava na sala reservada para a imprensa e foram levados sem que ninguém percebesse. Para acabar com o problema, a organização colocou seguranças, mas apenas no Ibirapuera. Ontem, no Poliesportivo de São Bernardo, não havia nenhum profissional protegendo os equipamento dos jornalistas.

Casos como esses são comuns em boa parte do mundo. Ladrões aproveitam momento de distração dos profissionais e acabam levando equipamentos que têm alto valor comercial. Uma câmera, por exemplo, custa em média R$ 10 mil.

 

 




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