Política Titulo Divisão
Michels tenta rachar chapa
de Maninho em Diadema

Prefeito eleito pretende desmembrar a chapa oposicionista
protocolada na semana passada para presidência da Câmara

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
28/12/2012 | 09:24
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O prefeito eleito de Diadema, Lauro Michels (PV), trabalha nos bastidores para desmembrar a chapa oposicionista protocolada na semana passada para a presidência da Câmara. Desde quarta-feira, Michels envia emissários aos vereadores que fecharam apoio ao petista Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, para montagem de bloco governista na briga pelo comando do Legislativo.

Os alvos principais do verde são os parlamentares que endossam Maninho, mas que não estão no PT - Talabi Fahel (PR), Reinaldo Meira (PR), Luiz Paulo Salgado (PR), José Zito da Silva, o Zezito (PR), Ricardo Yoshio (PDT) e Pastor João Gomes (PRB). Com esses seis votos, mais seis de petistas, Maninho já tem quorum suficiente para vencer o pleito legislativo.

Dirigentes das siglas e os vereadores foram sondados logo após o Natal sobre a possibilidade de rever o posicionamento atual para apoiar algum nome indicado pela futura administração. Com secretariado fechado, Michels cogita até alocar apadrinhados dessas legendas no segundo escalão, em vagas de diretoria e chefias de divisão.

A princípio, dois nomes foram designados por Michels para a construção da nova composição: o atual presidente da Câmara e assessor especial de Michels, Laércio Soares (PCdoB), e o mandatário do PPS diademense, Manoel Tavares. Na quarta-feira, ambos conversaram com alguns dirigentes partidários sobre o assunto, embora neguem oficialmente.

"Não fui incumbido para essa missão e tive conversa rápida com o Lauro sobre o cenário que se desenha na eleição para a presidência", despista Laércio. O comunista, porém, avisa que a aparente derrota do verde na disputa pelo comando da Casa não pode ser decretada. "Eleição da Câmara não é tão simples como se imagina. Até o dia 1º muita coisa pode mudar."

Qualquer alteração na chapa já protocolada na presidência precisa ser oficializada até domingo, às 16h. Para isso, o vereador necessita encaminhar carta comunicando a desistência de apoio ao candidato.

Maninho diz que o grupo está "fechadíssimo" e que todos que o endossam "defendem compromisso com a cidade". "Não é questão de oposição ou situação. É de trabalhar por Diadema". O bloco oposicionista deve se reunir hoje pela manhã para avaliar as investidas dos emissários de Michels.

Presidente do PR de Diadema, José Carlos Gonçalves afirma que o grupo com PR, PRB e PDT pode até discutir governabilidade da gestão Michels, mas que o debate sobre a mesa diretora está fechado. "Deixamos até claro com o PT sobre essa flexibilização (para apoiar Michels durante o governo). Mas para a presidência o bloco deu sua palavra."

Michels não atendeu os contatos do Diário.




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