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Candidatos esperam pacto por campanha sem cavaletes

Embora material seja permitido por lei, há consenso que atrapalha passagem nas ruas

Fábio Martins
Gustavo Pinchiaro
13/08/2014 | 07:37
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Montagem/DGABC


Principais candidatos a deputado federal e estadual do Grande ABC sustentam que o fim dos cavaletes nas ruas da região só vingaria caso haja pacto firmado entre todos os postulantes a uma das 70 cadeiras paulistas na Câmara Federal e a um dos 94 assentos na Assembleia Legislativa.

O Diário propôs a nove políticos que vão figurar nas urnas em outubro para que a campanha eleitoral seja realizada sem utilização de cavaletes, que, embora permitidos pela legislação (em período limitado), atrapalham trânsito e passagem de pedestres.

O objetivo é estender a todos municípios do Grande ABC compromisso sugerido pela Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André) e a subsecção andreense da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), que pediu aos pleiteantes o uso mínimo de placas colocadas nas calçadas. No dia 22, inclusive, a Justiça Eleitoral organiza reunião com diretórios partidários do município para formalização de acordo neste sentido.

Candidato à reeleição, o deputado federal Vanderlei Siraque (PT) afirmou ser favorável à bandeira, “por emporcalhar a cidade”. O petista sinalizou que o procedimento beneficia apenas candidaturas de fora do reduto eleitoral. “Em Santo André, a maioria não tem identidade com o município, que não tem propostas, sem mensagem ao eleitor.”

Ex-prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PSB), postulante a federal, reiterou que também propôs à Justiça Eleitoral campanha limpa. “Os cavaletes poluem o meio ambiente e não colaboram em nada para qualificar o debate eleitoral.”

O deputado estadual Orlando Morando (PSDB), pleiteante à reeleição, defende a ação ao argumentar que “quem tem base eleitoral” não necessita de cavaletes. Para o tucano, “o abuso incomoda os cidadãos”. “É prejudicial, porém não dá para ser sufocado pelos demais candidatos. Para que haja essa concordância, a maioria das candidaturas precisa abraçar essa iniciativa.”

Candidato a federal, o deputado estadual Alex Manente (PPS) concordou com o companheiro de Assembleia, frisando que “sem dúvida há total possibilidade de encerrar” com o uso do material, “desde que todos pratiquem a ideia”. “Caso exista pacto posso aderir (à campanha), sem problema.”
Para a ex-deputada estadual Regina Gonçalves (PV), “a lei deveria valer para todas as cidades”. “Assinaria (pacto), entretanto, diante do que se vê na rua, acaba tendo de fazer propaganda. É peça de campanha cara, com durabilidade pequena e que de fato atrapalha a circulação.”

Postulante à Assembleia, o presidente do PMDB andreense, Nilson Bonome, pontuou que a utilização desrespeita o eleitor e que está “disposto a participar” do acordo. “Não poderia ser permitido o uso por obstruir a visão dos motoristas e a passagem dos pedestres.” O vereador de Santo André Almir Cicote (PSB), que também concorre a vaga ao Parlamento paulista, estipulou que teria de encontrar caminho para que nomes de fora da região não utilizem espaço ‘vago’. “Senão outro vem e coloca o material em detrimento dos candidatos do Grande ABC.”

A deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) relatou que adotaria bandeira se houver determinação jurídica ou política. Segundo a peemedebista, mesmo se utilizar os cavaletes será em quantidade pequena e com bom-senso. “Tem de haver mensagem de respeito às pessoas que passam nas vias e calçadas”. O correligionário Robinson Castropil, também na disputa por cadeira na Assembleia, disse que sua empreitada “está evitando ao máximo.” “Vai ter momento que vamos usar, mas moderado. O mínimo possível, não gosto. Usar em locais que não atrapalhe o público.”




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