Economia Titulo Paralisação
Metalúrgica Proema, de S.Bernardo, está em greve

Os cerca de 590 trabalhadores aguardam pagamento de salários e férias atrasados

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
05/08/2014 | 07:07
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André Henriques/DGABC


Os cerca de 590 trabalhadores da metalúrgica Proema, de São Bernardo, estão de braços cruzados, aguardando proposta da empresa em relação a pagamentos atrasados.

A empresa está com quase dois meses de salários atrasados, além de dever férias e também não depositar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) dos funcionários, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Além disso, também não está atendendo acordo feito com a Justiça para honrar verbas rescisórias não pagas, diz a entidade – a companhia ficou de pagar a dívida com os demitidos em 17 vezes e não está cumprindo esse compromisso. Desde o início do ano passado, a metalúrgica já demitiu cerca de 300 pessoas.

Na sexta-feira os trabalhadores se mobilizam na porta da companhia e, ontem, houve assembleia organizada pelo sindicato, como forma de pressionar a fabricante a negociar solução para os empregados.

Segundo o coordenador da entidade em São Bernardo, Nelsi Rodrigues, o Morcegão, a empresa fez adiantamento simbólico (em torno de R$ 500 para cada empregado) ontem, que não dá conta de resolver a situação dos funcionários. “Mas ela não apresentou proposta, não disse se vai pagar amanhã (hoje) ou daqui 15 dias”, afirma.

Ainda de acordo com o sindicalista, a Proema, que faz sistemas automotivos (colunas de direção, comando de câmbio, pedais e outros itens) passa por situação delicada, na sua avaliação, por falta de investimentos em novas tecnologias. “Muitas firmas já oferecem direção elétrica e a Proema continua com a mecânica”, diz. A crise na companhia, aponta o sindicato, já se arrasta há dez anos. “Chegou ao ponto de ser abastecida diretamente com material da montadora (para realizar a produção), porque não conseguia arcar com os custos”, observa Morcegão. Hoje haverá nova assembleia, para informar os os rumos da mobilização.

A empresa foi procurada pela equipe do Diário, mas nenhum porta-voz foi localizado para comentar.  




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