Política Titulo Ribeirão Pires
Saulo manobra contra dívida do Imprerp

Prefeito eleito quer rediscutir valor após posse e impede votação de parcelamento

Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
19/12/2012 | 07:13
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A sessão extraordinária em Ribeirão Pires foi novamente tumultuada e começou com duas horas de atraso. A exemplo do que ocorreu na semana passada, o projeto que parcela dívida de R$ 5 milhões da Prefeitura com o Imprerp (Instituto Municipal de Previdência de Ribeirão Pires) causou polêmica entre os pares e não foi votado, oficialmente, por falta de parecer jurídico.

O prefeito eleito e vereador Saulo Benevides (PMDB) articulou para que a propositura não fosse votada. O peemedebista não foi à sessão e mobilizou os colegas reeleitos para impedir a presença de oito parlamentares no plenário, quórum necessário para a votação. O primeiro adiamento ocorreu também pela ausência em massa.

A intenção era adiar o projeto para amanhã e até lá pressionar o chefe do Executivo, Clóvis Volpi (PV), a retirar a matéria, que seria discutida somente no ano que vem. O problema foi que a segunda propositura prevista na ordem do dia tratava sobre repasse de R$ 335 mil para entidades do terceiro setor.

Representantes das organizações estiveram na Câmara e pressionaram os parlamentares para que o projeto fosse votado - houve ameaça de acampamento no local. A alegação foi a de que se a votação não ocorresse ontem os repasses seriam feitos somente em abril.

Diante da situação, o presidente da Câmara, Gerson Constantino (PSD), garantiu o adiamento do texto sobre a dívida e colocaria o repasse do terceiro setor em apreciação. Futuro secretário de Governo, o vereador Koiti Takaki (PSD) relutou em acreditar na palavra e aparecer para a sessão, o que ocorreu somente por volta das 16h. Os trabalhos estavam previstos para iniciar às 14h.

Nos bastidores, o vereador José Nelson de Barros (PSD) foi acusado de convidar o colega Arnaldo Sapateiro (PSB) para almoçar com a intuito de atrasá-lo para a plenária.

Gerson se mostrou chateado com os colegas e alegou que não houve confiança em sua palavra. "Empenhei a minha palavra que só votaria os projetos das entidades", considerou.

Saulo garantiu que a dívida do Imprerp será negociada em janeiro e que o recesso deve ser interrompido para votar um novo parcelamento. "Vamos ter que pagar de qualquer jeito. O Clóvis só quer fugir da responsabilidade", atacou.




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