Política Titulo Eleição estadual
‘Quem desdenha quer comprar’, diz Padilha sobre esquiva de Skaf

Pela 4ª vez no Grande ABC, petista minimiza recusa do peemedebista em apoiar Dilma

Júnior Carvalho
Especial para o Diário
30/07/2014 | 07:00
Compartilhar notícia
Ricardo Trida/DGABC


Candidato do PT ao governo do Estado, Alexandre Padilha ironizou a postura do postulante do PMDB ao Palácio dos Bandeirantes, o presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, em evitar ter seu nome vinculado ao da presidente Dilma Rousseff (PT), que busca reeleição.

“Minha avó dizia que quem desdenha muito pode querer comprar um dia”, disse o petista, após participar de caminhada pelo Centro de Mauá, na noite de ontem – a quarta atividade dele no Grande ABC desde o início oficial da corrida eleitoral.

Unidos pela chapa Dilma/Michel Temer (PMDB) na disputa presidencial, mas adversários na briga pela sucessão do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), PT e PMDB têm sustentado discursos distintos quando o assunto é palanque para Dilma em território paulista.

Enquanto petistas pressionam para que Skaf abra espaço para a presidente, o peemedebista tem negado veementemente qualquer aproximação com a legenda de Lula. Em vídeo divulgado na terça-feira, Skaf escancara desejo em não ter a chefe da Nação ao seu lado. Nas imagens, o peemedebista aparece sentado dentro de vagão do Metrô e responde a uma pergunta, pelo celular, sobre aproximação com o petismo. “Sou adversário do PT e do PSDB. Meu compromisso é com São Paulo”, afirma.

Terceiro colocado nas recentes pesquisas de intenção de voto – atrás de Alckmin e de Skaf, na sequência –, Padilha foi apresentado pelos correligionários na noite de ontem em Mauá como ex-ministro da Saúde (comandou a Pasta entre 2011 e fevereiro de 2014). Padilha entrou em quase todos os comércios que ficam no entorno da estação de ônibus e trens.

O ex-ministro não foi reconhecido por boa parte dos comerciantes do Centro de Mauá. Para se aproximar dos eleitores, Padilha precisou da ajuda dos prefeitos petistas Donisete Braga (Mauá), Luiz Marinho (São Bernardo) e Carlos Grana (Santo André), além do auxílio de postulantes à Assembleia Legislativa e à Câmara dos Deputados.

SAÚDE
Padilha também comentou as declarações dadas por Geraldo Alckmin, em entrevista exclusiva ao Diário, de que a Saúde não é prioridade do governo federal e que a tabela do SUS (Sistema Único de Saúde) está defasada.

“Isso é coisa de quem acha que Saúde é mercadoria, que acha que (a União) tem de pagar o mesmo valor por uma cirurgia imediata e outra em que a pessoa fica 30 dias esperando”, argumentou o petista, que também citou a crise hídrica no Estado. “Quem sabe o racionamento saia do armário.”




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;