Uma bebê de apenas 16 dias sofreu queimaduras de primeiro grau após ser medicada por uma auxiliar de enfermagem na UBS (Unidade Básica de Saúde) da Vila Magini, em Mauá. O caso, que ocorreu na semana passada, foi parar na delegacia e provocou afastamento da funcionária.
A mãe da criança, Agata Raynara Cajazeiras, 18 anos, levou a filha ao posto de Saúde do bairro onde mora para curar um ferimento próximo ao umbigo. A orientação dada era para que, durante sete dias, fosse aplicado nitrato de prata em bastão na barriga da menina.
No segundo dia, diz a família, a auxiliar, identificada como Marcia Norberto da Silva, não enfaixou o abdômen da bebê após a aplicação do remédio, que escorreu para as pernas e virilha. Em 20 minutos começaram os sintomas. "Ela só chorava. Achamos que era fome ou que precisava trocar a fralda. Quando abrimos, parecia queimadura de moto. Estava preto", relata a avó da criança, Sandra Maria dos Santos, 35.
Às pressas, mãe e filha retornaram com a criança ao posto. Lá receberam a orientação para medicar o bebê com pomada contra assaduras. Porém, horas depois, a situação piorou. "Já estava em carne viva", lembra a mãe.
A criança foi levada ao Hospital Nardini, onde foi medicada, ficou internada até sábado e foi liberada. As manchas da queimadura já foram suavizadas e o quadro dela é estável. Agora, parentes pedem punição à funcionária e ajuda para dar sequência ao tratamento. "Temos que ir a pé duas vezes por dia ao posto para fazer curativo. Foram eles que erraram e precisam dar assistência em casa", critica a avó. A família já acionou advogado para entrar com ação judicial contra a Prefeitura.
PROVIDÊNCIAS - Procurada, a administração municipal informa que abriu sindicância para apurar o caso, além de ter afastado a auxiliar de enfermagem até a conclusão da investigação. Ninguém na UBS da Vila Magini quis comentar o assunto. O boletim de ocorrência no 1º DP (Centro) da cidade foi registrado como lesão corporal culposa, quando não há intenção de provocar o ferimento.
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