Os vereadores de Diadema solicitaram alterações no texto do Orçamento, discutido ontem na Câmara. Os dois principais questionamentos estão na margem de remanejamento oferecida ao prefeito Mário Reali (PT), que hoje é de 30%, e o alto grau de investimento em Saúde, que consome 32% da peça orçamentária.

Segundo os parlamentares, não há necessidade de alterações de 30% nas finanças públicas. "Tem a recomendação do Tribunal de Contas do Estado que fala que 30% de remanejamento é exagerado. Queremos que fique com 15% de remanejamento", argumentou o petista Manoel Eduardo Marinho, o Maninho. Emenda do oposicionista José Francisco Dourado (PSDB) limita para 15% a possibilidade de mudanças financeiras.

Sobre os recursos despendidos na Saúde, os vereadores pediram melhor distribuição de verba, principalmente para as secretarias de Cultura e Esporte. "Temos de ter ações preventivas e não somente agir no fim do processo. Cidades evoluídas têm equilíbrio nos gastos com medicamentos, atividades culturais e esportivas e prevenção da saúde do cidadão", explicou o presidente da Câmara, Laércio Soares (PCdoB).

Os debates continuarão na próxima semana. A expectativa do Legislativo é que haja reunião com a secretária de Planejamento e Gestão Pública, Maria de Fátima Queiroz, para acolhimento de algumas emendas ao texto original.