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Com erros, Diadema mantém concurso

Legislativo ratifica seleção pública, apesar de trapalhada,
por exemplo a aprovação de pessoa que ainda não nasceu

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
02/12/2011 | 07:11
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O presidente da Câmara de Diadema, Laércio Soares (PCdoB), garantiu que o concurso público para contratação de 39 funcionários não será cancelado. Na terça-feira, o Diário mostrou que a KLC Consultoria em Gestão Pública, responsável pelo processo seletivo, aprovou dois recém-nascidos e uma pessoa que sequer nasceu.

Outro problema detectado pelos candidatos foi a anulação de seis questões no gabarito de informática para o preenchimento de cargo de assistente legislativo 1. A KLC não informou os motivos para o cancelamento dos testes que, segundo os concorrentes, não apresentavam erros.

Para Laércio, o maior problema foi a não inclusão das provas da Escola Estadual João de Melo Macedo, na Vila Marques, e da Escola Estadual Professor Augusto de Oliveira Jordão, no Jardim Maravilha. A empresa se responsabilizou pelo erro e se comprometeu a divulgar nova lista hoje. "Não vejo motivo para cancelar a prova. São erros que estão sendo reparados e que estamos cobrando a KLC", disse o comunista.

"Fizemos a licitação com a maior lisura possível. E a empresa teve excesso de zelo ao divulgar o resultado. Tanto que muitas empresas que aplicam concursos nem colocam a data de nascimento dos candidatos", afirmou Laércio, que eximiu o Legislativo de culpa no processo. "Não teve dolo da Câmara nem prejuízo."

Na terça-feira, o Diário publicou que Rodinei Affonso Filho, que tinha data de nascimento de 10 de dezembro de 2011 - que chegará daqui a oito dias -, estava na lista de espera do concurso para assistente legislativo e poderia ficar com a vaga caso houvesse desistência. Além de Affonso Filho, a seleção pública aprovou Karen Muelher de Souza e Monica Gomes Augusto, nascidas no dia 26 de agosto de 2011 e 20 de setembro de 2011, respectivamente.

Outras falhas destacadas estavam nas inscrições de 131 pessoas com datas de nascimento idênticas: 1º de janeiro de 1936 e hoje teriam 75 anos de idade. Desse número, 20 estão na lista de aguardo.

Em nota, a KLC explicou que houve erro no preenchimento do formulário e ressaltou que a Câmara de Diadema, no momento da admissão do funcionário, exigiria documentos de comprovação de idade. "Nenhum candidato será admitido com documentação ou informação falsa", informou Sylvia de Oliveira Carvalho, sócia da KLC, que tem sede no Paraná.




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