É unanimidade entre os políticos com cargos e os que desejam ser eleitos: é preciso mudar a legislação e fazer ampla reforma política para o Brasil avançar. É urgente. Muitas das incongruências da política tupiniquim ocorrem por causa de legislação falha, com muitas brechas e em desacordo com o pensamento da sociedade. O cidadão vislumbra erradicação da corrupção e gestão pública eficiente. Seria utopia? Uma das coisas a se fazer antes de responder essa indagação com convicção é alterar as leis eleitorais. É unanimidade. Entra legislatura sai legislatura, os discursos são os mesmos. Todos argumentam que a reforma política é a primeira de muitas ações para nortear os rumos de um novo País. Porém, é unanimidade também que essas mudanças não vão ocorrer. Por quê? Conflito de interesses entre os próprios políticos, tanto os com cargos quanto os que desejam ser eleitos. Cada um defende o seu interesse, seja a favor de financiamento público de campanha, seja para voto distrital, seja para lista fechada de candidatos, seja para mandato único. Dentre as muitas variáveis, ninguém fica contente na hora de finalizar uma proposta. Ninguém aceita cortar na própria pele. Ninguém aceita dar um passo para trás, deixando de lado interesses individuais para exaltar as demandas públicas. Isso também é unanimidade. E toda unanimidade... bom, a gente já sabe o que diria Nelson Rodrigues.

Truco!
Em lançamento de candidatura a deputado estadual, anteontem, no clube Palestra de São Bernardo, Luiz Fernando Teixeira (PT) fez questão de chamar ao palco Nilza de Oliveira (PT), secretária de Planejamento e mulher do prefeito Luiz Marinho (PT). Ela apoia a reeleição de Ana do Carmo. Não queria fazer palanque ao dirigente do São Bernardo FC. Mas fez.

Exagerou?
Sábado de manhã, Rua Coronel Oliveira Lima lotada. No tradicional centro comercial de Santo André, a presidenciável do Psol, Luciana Genro, e aliados da região faziam atividade de campanha. Candidato a deputado estadual, Marcelo Reina, com microfone em punho, foi efusivo ao criticar o capitalismo, representado diante de seus olhos com os consumidores observando para as vitrines, comprando itens nas lojas e ninguém prestando atenção no que os socialistas estavam falando. “É por isso que o Brasil não vai para frente”, concluiu o professor universitário, candidato a prefeito em 2012. Teve integrante de seu partido que olhou torto em desaprovação ao discurso.