Cultura & Lazer Titulo Música
Capital Inicial
visita as raízes

Novo disco da banda traz 11 faixas; 'Saturno' está
mais pesado do que os trabalhos anteriores do grupo

Vinícius Castelli
Do Diário do Grande ABC
08/12/2012 | 08:00
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Já nas primeiras frases de O Bem, o Mal e o Indiferente, a sensação que dá é a de estar escutando uma canção do começo da carreira do Capital Inicial. Se a ideia da banda brasiliense era buscar um pouco das raízes, acertou em cheio com Saturno (Sony Music, R$ 24,90 em média), seu novo disco de estúdio.

Mas Saturno - que tem turnê agendada para março - não está apenas mais pesado em relação aos trabalhos que Dinho Ouro Preto (voz), Fê (bateria), Flavio Lemos (contrabaixo) e Yves Passarell (guitarra) vinham fazendo ultimamente.

O disco, que chega às prateleiras recheado por 11 músicas, está crítico também. Principalmente na faixa de veia punk Saquear Brasília. "Eles mentem e não sentem nada. Eles mentem na sua cara. Vamos saquear Brasília!", diz a composição.

O contrabaixista conta que a atual conjuntura estimula a escrever músicas como essa. "Cada dia tem um escândalo. Ficamos indignados. As letras são inspiradas no que se vive. Cada dia é uma coisa, aí saiu essa."

Simples e direta, Apocalipse Agora é outra que segue a mesma linha. "O disco está menos pop. Além de mais pesado, caminhamos um pouco mais fora da coisa ‘certinha'. A ideia era fazer algo que remetesse ao começo, mas com sonoridade atual", explica Lemos. Ele diz que o processo foi natural. "Isso está no nosso DNA. A gente relaxou. Dissemos: ‘Vamos tocar, fecha a porta'", conta.

Ao escutar composições como o rock O Cristo Redentor fica fácil de entender a explicação do contrabaixista. "O disco é mais orgânico. Guitarra, contrabaixo, teclado."

Mas nem só de peso pesado respira a nova empreitada. As baladas estão presentes no menu musical. Uma delas é a bem arranjada faixa-homônimo. Outra que desacelera é O Lado Escuro da Lua, que ganhou videoclipe. "É difícil fazer baladas", conta Lemos.

O músico comemora o novo disco, os novos fãs e a empolgação da banda. "Tem gente que estava nascendo quando fizemos o disco acústico, que é de ontem", brinca. "Essa molecada está ouvindo a gente agora. Isso é fantástico. Estamos sim empolgados. A gente não está fingindo."




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