O ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, afirmou não existir projeto para a construção do aeroporto de São Bernardo, idealizado pelo prefeito Luiz Marinho (PT). A única opção avaliada atualmente pela Secretaria da Casa Civil, segundo Franco, é a abertura de posto aeroportuário na cidade de Caieiras, na Região Metropolitana do Estado.

Questionado se a intenção de Marinho de erguer aeroporto na cidade estava descartada, o ministro respondeu: “Não é que esteja descartado, não tem nenhum projeto. Não tem nenhuma proposta”. Moreira Franco explicou que, para que seja feita escolha de construção de aeroportos, é realizada avaliação antecipada por parte do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) no município em questão para verificar as condições técnicas para a implantação do equipamento. “Proposta que tem e que já foi inclusive analisada pelo Decea e está sendo objeto de estudos de natureza técnica é em Caieiras”, garantiu.

Na tentativa de justificar a saia justa, Marinho revelou ter comunicado ao ministro sobre a existência do projeto de São Bernardo na sequência da entrevista coletiva com os jornalistas. Segundo o prefeito, a situação se deu em virtude de o ministro estar “recém-chegado ao cargo”. Moreira Franco assumiu a Secretaria de Aviação Civil em março de 2013, um ano e quatro meses atrás. “Eu combinei com ele. Vou levar pessoalmente e apresentar (o projeto) a ele.”

A proposta de construção de aeroporto para tráfego de mercadorias e voos fretados em São Bernardo foi encaminhada por Marinho à presidente Dilma Rousseff (PT) no fim de 2011, conforme o Diário adiantou com exclusividade à época. O prefeito se disse convicto de que a cidade sediará o aeroporto, que o empreendimento está sendo analisado por investidores e que até o fim do ano haverá definição sobre o tema. “As coisas estão andando. Uma coisa não exclui a outra, percebe? O aeroporto de Caieiras não compete com o de São Bernardo.”

COMBATE A INCÊNDIO
O ministro esteve, na manhã de ontem, com Marinho, na empresa Lavrita Engenharia, no bairro Pauliceia, para acompanhar a entrega de 33 carros de combate a incêndio em aeroportos. A ação corresponde ao primeiro lote de total de 64 veículos que irão atender equipamentos das regiões Norte e Nordeste do Brasil.

O custo da Secretaria de Aviação Civil para a primeira fase foi de R$ 52,8 milhões. Os veículos foram construídos a partir da parceria com a Scania, que forneceu a plataforma para a inserção da tecnologia adquirida de empresa da Áustria.

O ministro observou que a nacionalização dessa tecnologia produzida pela empresa do Grande ABC representa fortalecimento do País e integra plano de modernização e ampliação de 270 aeroportos brasileiros.