Consumidor que pretende comprar produtos ou serviços
durante ação deve fazer pesquisa de preços previamente
Apenas hoje, consumidores de vários países poderão aproveitar descontos de até 80% em diversos produtos comercializados pela internet. A ação realizada uma vez por ano, chamada de Black Friday, é uma tentação para muita gente. Entretanto, antes de colocar as compras no carrinho virtual é necessário ficar por dentro de algumas dicas. "Se não fizer a pesquisa de preço, por exemplo, não há como saber se está fazendo uma boa compra", explica a coordenadora institucional da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), Maria Inês Dolci.
Portanto, é recomendado comparar o valor do produto desejado em quatro estabelecimentos diferentes (de preferência que não estejam dentro da promoção). É necessário conhecer as funções e especificidades da mercadoria para que a comparação dos valores seja fiel. "É válido também pesquisar para saber se o produto barato não está prestes a sair de linha. Em caso de defeito em um notebook, por exemplo, o consumidor vai precisar de peças para repor", orienta Maria.
É impreterível também identificar a idoneidade das lojas onde as compras serão feitas. Os órgãos de defesa do consumidor Procon e Proteste têm rankings das companhias mais reclamadas em seus sites.
HISTÓRICO - A iniciativa intitulada de Black Friday foi trazida dos Estados Unidos ao Brasil, em 2010, pelo publicitário Pedro Eugênio, dono do portal Busca Descontos. O empreendedor criou a página www.blackfriday.com.br, onde é necessário se cadastrar para que as ofertas sejam encaminhadas ao e-mail pessoal. Ao clicar na promoção (que é apenas hoje), o internauta será direcionado ao e-commerce da empresa onde deseja fazer a compra.
São pelo menos 300 lojas eletrônicas reunidas no site do Black Friday. Walmart, Magazine Luiza, TAM, Fnac e Netshoes são algumas. Haverá sorteio de passagens aéreas para cadastrados. "A ideia é que as pessoas não precisem entrar nas páginas de todas as empresas para saber as ofertas", comenta Eugênio.
Os pacotes de viagem, serviços de academia de ginástica, além de roupas e cosméticos devem ser os itens mais demandados. "É um começo para as vendas de Natal", explica o publicitário. Nos Estados Unidos, a ação supera as vendas efetuadas nas vésperas ao dia 25 de dezembro. Lá, a previsão é atingir, neste ano, US$ 2 bilhões em 24 horas.
No Brasil, a iniciativa ainda engatinha, a estimativa, segundo Eugênio. É que as vendas on-line alcancem R$ 135 milhões. Em relação à megaoferta realizada no ano passado, quando foram contabilizados R$ 100 milhões e 237 mil pedidos, o crescimento deve chegar a 35%.
No primeiro ano, em 2010, foram registrados R$ 3 milhões no Black Friday Brasil. "Não foi uma data boa, tivemos muitos problemas de acesso." Para efeito de comparação, os moradores do Grande ABC gastaram R$ 300 milhões com os presentes de Natal em 2011 - 200% a mais do que o valor previsto para ser comercializado hoje.
DIREITOS - O consumidor tem sete dias para desistir do produto e não precisa ter motivo para cancelar a compra. Pelo CDC (Código de Defesa do Consumidor), o cliente tem até 30 dias para reclamar de serviços não duráveis, como salão de beleza, e 90 dias para o caso de itens duráveis, como eletrodomésticos.
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