Economia Titulo Compras
Descontos da Black
Friday exigem cautela

Consumidor que pretende comprar produtos ou serviços
durante ação deve fazer pesquisa de preços previamente

Erica Martin
Do Diário do Grande ABC
23/11/2012 | 07:13
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Apenas hoje, consumidores de vários países poderão aproveitar descontos de até 80% em diversos produtos comercializados pela internet. A ação realizada uma vez por ano, chamada de Black Friday, é uma tentação para muita gente. Entretanto, antes de colocar as compras no carrinho virtual é necessário ficar por dentro de algumas dicas. "Se não fizer a pesquisa de preço, por exemplo, não há como saber se está fazendo uma boa compra", explica a coordenadora institucional da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), Maria Inês Dolci.

Portanto, é recomendado comparar o valor do produto desejado em quatro estabelecimentos diferentes (de preferência que não estejam dentro da promoção). É necessário conhecer as funções e especificidades da mercadoria para que a comparação dos valores seja fiel. "É válido também pesquisar para saber se o produto barato não está prestes a sair de linha. Em caso de defeito em um notebook, por exemplo, o consumidor vai precisar de peças para repor", orienta Maria.

É impreterível também identificar a idoneidade das lojas onde as compras serão feitas. Os órgãos de defesa do consumidor Procon e Proteste têm rankings das companhias mais reclamadas em seus sites.

HISTÓRICO - A iniciativa intitulada de Black Friday foi trazida dos Estados Unidos ao Brasil, em 2010, pelo publicitário Pedro Eugênio, dono do portal Busca Descontos. O empreendedor criou a página www.blackfriday.com.br, onde é necessário se cadastrar para que as ofertas sejam encaminhadas ao e-mail pessoal. Ao clicar na promoção (que é apenas hoje), o internauta será direcionado ao e-commerce da empresa onde deseja fazer a compra.

São pelo menos 300 lojas eletrônicas reunidas no site do Black Friday. Walmart, Magazine Luiza, TAM, Fnac e Netshoes são algumas. Haverá sorteio de passagens aéreas para cadastrados. "A ideia é que as pessoas não precisem entrar nas páginas de todas as empresas para saber as ofertas", comenta Eugênio.

Os pacotes de viagem, serviços de academia de ginástica, além de roupas e cosméticos devem ser os itens mais demandados. "É um começo para as vendas de Natal", explica o publicitário. Nos Estados Unidos, a ação supera as vendas efetuadas nas vésperas ao dia 25 de dezembro. Lá, a previsão é atingir, neste ano, US$ 2 bilhões em 24 horas.

No Brasil, a iniciativa ainda engatinha, a estimativa, segundo Eugênio. É que as vendas on-line alcancem R$ 135 milhões. Em relação à megaoferta realizada no ano passado, quando foram contabilizados R$ 100 milhões e 237 mil pedidos, o crescimento deve chegar a 35%.

No primeiro ano, em 2010, foram registrados R$ 3 milhões no Black Friday Brasil. "Não foi uma data boa, tivemos muitos problemas de acesso." Para efeito de comparação, os moradores do Grande ABC gastaram R$ 300 milhões com os presentes de Natal em 2011 - 200% a mais do que o valor previsto para ser comercializado hoje.

DIREITOS - O consumidor tem sete dias para desistir do produto e não precisa ter motivo para cancelar a compra. Pelo CDC (Código de Defesa do Consumidor), o cliente tem até 30 dias para reclamar de serviços não duráveis, como salão de beleza, e 90 dias para o caso de itens duráveis, como eletrodomésticos.

 

 




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