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A flauta foi um dos primeiros instrumentos musicais criados pela humanidade. Surgiu há pelo menos 60 mil anos, de acordo com pinturas nas cavernas. Por isso, é impossível saber ao certo quem a inventou.
As primeiras peças pareciam apitos, pois só tinham um buraco. Eram feitas de ossos de animais e humanos. Com o tempo, evoluíram para o que conhecemos como flautas doce e transversal (tocada de lado), feitas de madeira.
Até o ano 1400 a flauta era usada só para acompanhar cantores. Depois, tornou-se instrumento solo, apreciado sem acompanhamento. Na metade do século 16, passou a fazer parte de orquestras.
Ao longo das décadas, o instrumento continuou a sofrer modificações e ganhou orifícios (buraquinhos que definem as notas). Um dos músicos que mais fizeram melhorias no instrumento foi o alemão Theobald Boehm, que detectou os principais problemas de afinação. Entre as mudanças mais importantes do inventor, estão a alteração nas posições dos furinhos e a implantação de um sistema de chaves (tipo de botões) para se ter mais notas.
Hoje, a flauta transversal é feita de metal. Segundo especialistas, o material é superior à madeira porque permite maior intensidade do som, melhor afinação e facilidade de uso das chaves. Ela é formada por três partes: a cabeça, em que o músico coloca a boca para soprar e fazer som; o corpo, que tem orifícios e chaves; e o pé, que possui algumas chaves para produzir os sons mais graves do instrumento.
O Flautista de Hamelin é um conto folclórico que se passa na cidade de Hamelin, na Alemanha. Na história, há infestação de ratos na cidade e os moradores pedem ajuda a um misterioso homem que, ao tocar sua flauta, consegue hipnotizar os bichos e tirá-los de lá.
Instrumentos musicais são divididos em famílias
Os instrumentos musicais são ordenados em famílias, de acordo com o material que são feitos e como o som é produzido. São três grandes grupos: sopro, corda e percussão.
A flauta é instrumento de sopro, assim como clarinete, saxofone, entre outros. Neste grupo, o som produzido é resultado do ar que passa dentro dele. A intensidade do som é regulada com o sopro e as notas mudam de acordo com as chaves que são fechadas ou abertas.
Na família das cordas, tem violão, violino e guitarra. Os fios podem ser de aço, latão, tripa ou nylon, e o som é resultado de sua vibração. Já o pandeiro e o tambor, por exemplo, estão na família da percussão e precisam ser batidos, com as baquetas ou com as mãos, em determinado ritmo para fazerem música.
Na orquestra, os instrumentos são divididos por naipes (grupos) de cordas, percussão, madeira e metais. A flauta, assim como oboé e clarinete, integra o naipe das madeiras, apesar de ser feita de metal. É que era fabricada de madeira no passado. O trompete, trombone, trompa e tuba, que também são instrumentos de sopro, integram o naipe dos metais. São feitos do material e costumam ter cor dourada.
Nathalia Nogueira de Araújo, 11 anos, de Santo André, faz aulas de flauta na igreja há oito meses e adora a transversal, apesar de achá-la mais difícil do que a doce. "É complicado nas notas agudas, mas o som é bonito." A garota quer se profissionalizar na área de música e tem a curiosidade de saber quem inventou o instrumento. Outra vontade de Nathalia é aprender a tocar piano. "Também faz um som lindo."
Consultoria de Milena Miotto, professora de flauta da Fundação das Artes de São Caetano.
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