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Investir na Série A-2 ou
na Série D, eis a questão

Sem dinheiro, diretoria do Santo André vive dilema para
definir as metas de olho no sucesso na temporada 2013

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
16/11/2012 | 07:30
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O Santo André vive dilema em relação à temporada 2013. Sem dinheiro em caixa, sem patrocinador e tentando recuperar a confiança dos torcedores após quatro rebaixamentos em dois anos e meio, o clube terá de decidir entre investir na busca do acesso para a elite do Campeonato Paulista, do retorno para a Série C do Campeonato Brasileiro ou então na quase impossível missão de tentar êxito nas duas competições.

O acesso para a elite estadual traria benefícios financeiros ao clube. De acordo com o regulamento de 2013, os times chamados pequenos receberão R$ 2,1 milhões referentes à cota de TV para três meses de campeonato, o que daria média de R$ 705 mil mensais, suficientes para montar time competitivo.

Em compensação, se optar por investir os poucos recursos disponíveis na montagem do time para brigar pelo acesso para a elite paulista, o Ramalhão pode derrapar na Série D e ficar fora da briga para ascender à Terceirona. Se isso acontecer, a partir de 2014 o Santo André não teria mais direito à vaga na Quarta Divisão e passaria a ter atividades por apenas seis meses, a exemplo do que acontece com o rival São Bernardo.

O diretor de futebol do Santo André, Sérgio do Prado, entende que é possível montar time com qualidade suficiente para conseguir o acesso nas duas competições. "Estamos renovando os contratos até o fim da Série D porque entendemos que podemos ter uma equipe para toda a temporada. Não vamos priorizar nenhuma das competições", comentou.

O grande problema é que hoje o Santo André está enfrentando dificuldades para contratar jogadores por conta do baixo salário oferecido. Os dirigentes não confirmam, mas a equipe teria cerca de R$ 100 mil mensais para quitar a folha de pagamento, valor bem abaixo dos principais rivais, que já estão se reforçando com foco no acesso.

O Monte Azul, por exemplo, contratou 20 atletas para alcançar a Primeira Divisão. Entre os nomes estão o goleiro André Luis e o zagueiro Marcelo Godri, ambos ex-Ramalhão. O Catanduvense, do técnico Ruy Scarpino, trouxe o experiente zagueiro Edson Batatais, e o Rio Branco tenta a contratação do atacante Fumagalli, no Guarani.

Enquanto isso, o Santo André luta para tentar manter os bons jogadores que estavam no grupo que acabou rebaixado na Série C. Por enquanto, a diretoria conseguiu renovar com a dupla de volantes Juninho e Cláudio Britto, mas perdeu peças importantes como o goleiro Marcelo Bonan, o atacante Borebi e o zagueiro e capitão Júnior Paulista.

O elenco conta com apenas 15 atletas, sendo que a maioria veio das categorias de base. Sérgio do Prado adiantou que o time deve apresentar três ou quatro reforços na segunda-feira, quando está marcada a reapresentação do elenco. O comando continua sendo do técnico Itamar Schulle.

 




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