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Sem assumir, Eder articula CPI para investigar Auricchio
Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
15/11/2012 | 07:06
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Antes mesmo de assumir o mandato, o vereador eleito Eder Xavier (PCdoB) articula o primeiro pedido de CPI da próxima legislatura (2013 a 2016). O comunista almeja que a Câmara investigue as finanças dos oito anos da gestão de José Auricchio Júnior (PTB) motivado pela hipótese de o atual prefeito entregar a administração com dívidas - por atraso de pagamento a fornecedores - ao futuro governo.

Como primeiro passo, Eder colocou três pessoas para entregar em mãos aos 19 parlamentares que farão parte do Legislativo carta em que explica os motivos da CPI e pede que assinem termo de compromisso. O comunista disse que, além disso, conversou com alguns vereadores e já teria cinco votos, incluindo o dele. É necessário um terço do colegiado, ou sete sufrágios para aprovar a investigação.

A intenção é submeter o pedido à análise do plenário logo no dia 1º de janeiro, quando os parlamentares se reunem para dar posse ao prefeito e eleger os integrantes da mesa diretora. Não é praxe de a Casa votar projetos na data - as matérias são discutidas nas sessões ordinárias. Porém, o regimento interno não proíbe a manobra.

Apesar de não citar na carta, o comunista alega que Auricchio que teve uma série de contratos julgados irregulares pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) que somam quase R$ 800 milhões. "Vou tentar responsabilizar sempre os vereadores jurássicos (que acumulam mais de quatro mandatos), que foram omissos nesta gestão. A CPI também investigaria o Ministério Público, que, se recebeu as negativas do TCE, deveria ter apurado as ilegalidades."

O cenário da próxima legislatura, no entanto, é desfavorável. Quinze dos 19 vereadores foram eleitos na coligação governista, comandada por Auricchio. Sem contar que o prefeito eleito, Paulo Pinheiro (PMDB), o qual Eder apoiou, é vereador e deu sustentação aos oito anos da atual gestão. "Quero fazer um mandato transparente. Estou avisando que quero CPI, agora, se não aprovarem, problema é deles."

Essa não é a primeira ação que o comunista orquestrou antes de assumir o mandato.Ele já questionou concurso público e reforma que correm em licitações promovidas pelo presidente da Casa, Sidnei Bezerra da Silva, o Sidão (PSB).




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