Política Titulo São Bernardo
Presidente da Câmara de S.Bernardo será julgado por compra de votos
Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
14/11/2012 | 07:06
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A participação em um bingo durante a campanha eleitoral pode custar caro para o presidente da Câmara de São Bernardo, Hiroyuki Minami (PSDB), que está na mira da Justiça Eleitoral.

O MPE (Ministério Público Eleitoral) entrou com representação contra Minami na 174° Zona Eleitoral do município pelos crimes de compra de votos e abuso de poder econômico. Será realizada audiência dia 26, no Fórum de São Bernardo, para julgar o caso. Se condenado, Minami, que foi reeleito neste ano para o quinto mandato, pode ter cassado o registro de candidatura e perder a vaga na legislatura (2013-2016).

O tucano participou em 1° de setembro de bingo promovido pelo grupo Sempre Mulher, do qual o tucano é um dos fundadores, no salão da capela Imaculada Conceição, no Jardim Hollywood.

O convite para o bingo custou R$ 10. Dava direito a uma caixa com doces e salgados e cartelas de bingo. Nas caixas estava estampado o logotipo do grupo, igual ao utilizado na divulgação da candidatura de Minami, além do endereço do site do tucano. No evento foram registradas fotos, posteriormente divulgadas no perfil do vereador no Facebook.

Nas imagens é possível observar Minami circulando pelo salão, cumprimentando os participantes e acompanhando a entrega de prêmios, como panelas e forno micro-ondas. Após o início da ação judicial, as fotos foram retiradas da internet, mas estão no processo.

O Ministério Público Eleitoral argumenta que Minami infringiu os artigos 39, inciso 6°, e 41-A da Lei Eleitoral. O primeiro veta durante o pleito a distribuição de camisetas, chaveiros, bonés ou quaisquer outros bens ou materiais que possam proporcionar vantagem ao eleitor. O outro artigo considera crime eleitoral prometer ou entregar ao eleitor bem ou vantagem para adquirir voto.

O chefe do Legislativo também é acusado de infringir o artigo 334, que considera crime eleitoral a organização comercial de vendas, distribuição de mercadorias, prêmios e sorteios para propaganda ou aliciamento de eleitores.

Minami apresentou defesa na ação. Argumenta que os bens não foram comprados por ele, participou de evento de terceiros e em nenhum momento pediu voto no bingo. Procurado pela equipe do Diário, não quis comentar o assunto.




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