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Frank recusa condição de líder regional do PTB

Vice-prefeito de S.Bernardo prega diálogo interno sobre futuro

Rogério Santos
do Diário do Grande ABC
12/11/2012 | 07:04
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Integrante da chapa do prefeito Luiz Marinho (PT), reeleito no primeiro turno em São Bernardo, o vice-prefeito Frank Aguiar (PTB) se tornou uma das principais figuras políticas da legenda no Grande ABC, principalmente após as derrotas do prefeito de Santo André, Aidan Ravin - que não conquistou a reeleição -, e de Regina Maura Zetone, que não conseguiu manter legado do prefeito José Auricchio Júnior.

Afilhado político do presidente estadual do PTB, deputado Campos Machado, Frank refutou tal condição e avaliou que esse assunto deve ser discutido internamente. "Tem muita gente boa no partido. O que eu gostaria é que todos (no PTB) fossem mais unidos. Pensassem da mesma maneira, que não tomassem as decisões de forma individualista", considerou.

Nesta semana está prevista reunião entre Campos Machado com os correligionários da região para fazer balanço sobre os resultados do partido no processo eleitoral e sobre o futuro da legenda na nova geografia política do Grande ABC. "O Campos é o nosso líder e com certeza vai avaliar conosco onde erramos."

Com as derrotas na eleição majoritária em Santo André e São Caetano, o PTB não terá nenhum prefeito em 2013. Em compensação, contará com três vice-prefeitos: além de Frank, Marilza Oliveira em Rio Grande da Serra e Silvana Guarnieri em Diadema.

Para Frank, o PTB pecou pelo individualismo em Santo André e São Caetano. Derrotado por Carlos Grana (PT), Aidan foi o primeiro prefeito andreense que não conseguiu se reeleger.

Ao avaliar a derrota de Aidan, Frank considerou que o chefe do Executivo não procurou apoio do PTB para desenvolver sua gestão. "O prefeito agiu de forma individualista e agora ele ficou sozinho. Todo mundo viu que até o próprio Campos pouco fez pela sua reeleição."

Já Auricchio, mesmo com a aprovação de 80% de sua gestão, fracassou ao manter a hegemonia do partido no comando da cidade, que a partir de 1º de janeiro será administrada por Paulo Pinheiro (PMDB), dissidente do grupo governista.

"Foi um erro em São Caetano. Se tivessem colocado o cara que era do partido (Pinheiro) e desejo da maioria, talvez o prefeito eleito estaria no PTB", frisou o Cãozinho dos Teclados.

Durante a eleição, Frank chegou a declarar apoio informal a Pinheiro, mas evitou pedir voto para o ex-correligionário para não entrar em conflito com Campos Machado. Mas o vice de São Bernardo não se furtou a pedir votos no segundo turno a Donisete Braga (PT) em Mauá. Assim como fez em São Bernardo quatro anos atrás, Frank utilizou sua identificação com a população nordestina a favor do petista.

Em Mauá, o PTB, que teve o vereador Irmão Ozelito postulante ao Paço no primeiro turno, apoiou a prefeiturável Vanessa Damo (PMDB).




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