Para ter representação na mesa diretora da Câmara de São Bernardo no biênio 2013-2014, a bancada de oposição, que será formada por PPS e PSDB, não terá alternativa a não ser lançar chapa para disputar o comando do Legislativo.

O coordenador regional do PPS, deputado estadual Alex Manente, defende que a escolha seja definida de acordo com a proporcionalidade das legendas obtida na eleição, fixando, assim, chapa única para o pleito interno. Mas, os vereadores condicionam a decisão ao voto direto entre eles, como corriqueiro.

O regimento interno da Câmara determina que no dia da posse dos parlamentares eleitos, em 1° de janeiro, o vereador mais votado deverá comandar a sessão especial para definir a escolha do presidente, vice-presidente, primeiro e segundo secretários do Legislativo. "A definição da mesa diretora tem de ser feita pelos vereadores através do voto", defendeu o vereador Paulo Dias (PT).

Principal representante da oposição na atual legislatura, o vereador Admir Ferro (PSDB), apesar de concordar com a ideia de proporcionalidade, reconhece que a cultura da Câmara não é essa. Apesar disso, ele reitera que a oposição deve atuar unida na próxima legislatura. "A oposição tem que desempenhar seu papel, mesmo sendo minoria", disse.

Alguns parlamentares não demonstram preocupação com o comando da mesa diretora, mas com a funcionalidade dela. "O que a Câmara precisa é uma mesa diretora mais dinâmica, que funcione melhor", disse o líder da bancada do DEM, Mauro Miaguti.

Por enquanto, apenas o líder da bancada petista, Tião Mateus, derrotado por Hiroyuki Minami (PSDB) na disputa interna em 2010 -, manifesta desejo de disputar a eleição novamente.