Política Titulo Opositora petista
Irene lista erros e diz que sigla precisará rediscutir política
Rapahael Rocha
do Diário do Grande ABC
05/11/2012 | 07:16
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Considerada oposição mesmo filiada ao PT, a vereadora Irene dos Santos (PT) afirma que a sigla precisará rediscutir políticas adotadas na gestão de Mário Reali (PT) se quiser retomar o poder daqui quatro anos, desbancando Lauro Michels (PV).

"O PT que se apresentou nesta eleição não foi o PT que a população estava acostumada. Claro que havia erros no passado, mas os erros agora foram maiores. Os acertos foram imensos, mas houve erro. Não pode ganhar eleição no primeiro turno e perder agora por mais de 20 pontos de diferença", constata a parlamentar.

Em 2008, Reali conquistou a Prefeitura já no primeiro turno, obtendo 133,9 mil votos. Neste ano, o petista não conseguiu se reeleger, viu sua votação regredir entre o primeiro e segundo turnos e ficou 50 mil sufrágios atrás de Michels.

Entre os principais erros cometidos, Irene cita a turbulência de Reali com o funcionalismo público, a manutenção de Gilson Menezes (PSB) como vice e o amplo arco de alianças, que contemplou legendas opositoras ao petismo na esfera nacional, como PPS e DEM.

"Cansamos de falar e o Mário sabia disso: em política, você não ganha eleição só com apoio do funcionário público, mas perde uma eleição sem o funcionário. Ele fez uma política desastrada com o funcionalismo público", avalia Irene.

Sobre Gilson, a vereadora afirma que "não era mais a vez dele" e que o PT precisaria ter um vice petista para fortalecer o partido na cidade. "Outro erro do Mário foi quando ele decidiu pela aliança com o PSB, que tinha acabado de vir como vice do Zé Augusto (PSDB). Isso iria confundir mais os eleitores. Tínhamos de ir na contramão disso", critica a petista. "Por último, o que aconteceu de pior, foi a aliança com o DEM, que é o braço direito do PSDB. (Fizeram o acordo) Sem discussão no diretório, da pior maneira possível."

Em novembro do ano passado, Irene chegou a protocolar pedido de prévias internas contra Reali pela indicação da sigla na disputa majoritária. Ela retirou a solicitação um dia antes da convenção partidária sob alegação de união na legenda.

No início do ano, Irene já tinha conseguido números expressivos no encontro de delegados, que serviu para formulação do plano de governo petista que seria levado às ruas durante a eleição. A Articulação de Esquerda, tendência em que a petista está inserida, elegeu quase 25% dos delegados, fato que encorpou força à corrente mais radical da sigla.




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