O primeiro de uma sequência de cinco decisões na briga pelo acesso até o encerramento da Série B do Brasileiro. É assim que o São Caetano encara o compromisso com o Atlético-PR, às 16h20, no Anacleto Campanella, pela 34ª rodada. Quinto colocado, com 61 pontos, e uma posição abaixo do concorrente, o Azulão precisa dos três pontos para retornar ao G-4.

O técnico interino Ailton Silva, que teve a permanência no cargo condicionada à vitória sobre o Furacão, admite que os três pontos são imprescindíveis para a equipe seguir na briga pelo acesso. "Este é o nosso jogo do ano. É o primeiro de uma sequência de cinco, porque ainda temos outros confrontos diretos pela frente. Aí entra a importância da vitória, porque a volta ao G-4 nos daria mais tranquilidade para os outros jogos", analisou.

Além do Atlético-PR, o Azulão tem outros dois confrontos diretos até o encerramento do campeonato. Pega o Criciúma (fora) e o Goiás (em casa), respectivamente, pela 35ª e 37ª rodadas.

Ciente da responsabilidade do jogo, Ailton avalia que o lado psicológico tem peso importante. "O grupo está tranquilo e ciente de que para vencermos é preciso não apenas as partes técnicas e tática. O emocional tem de estar em ordem, é preciso equilíbrio."

Ailton Silva descartou marcação individual sobre o meia Elias e o atacante Marcelo, destaques do Furacão. "Será por setor. Quem estiver próximo dá o combate."

O treinador fez mistério no último coletivo e usou 25 jogadores, sendo 12 no time titular e 13 no reserva para despistar sobre a escalação.

A equipe não conta com o zagueiro Gabriel, que cumpre suspensão. Wagner e Marcelo Costa retornam.

Treinador repete formação e Furacão espera invadir Anacleto

Apesar da importância do jogo, o técnico do Atlético-PR, Ricardo Drubscky, não fez mistério e garantiu que mandará a campo a mesma equipe que venceu o Guaratinguetá na rodada anterior.

Embora sempre diga que todos os jogos na Série B têm peso igual, Drubscky não ficou em cima do muro e reconheceu que o confronto com o São Caetano tem uma importância maior.

"Não falo, mas acho isso", brincou. "É jogo muito importante, até porque, dependendo da rodada, podemos trazer mais um candidato para a briga (o Vitória, que pega o Bragantino, em Bragança). Mas só espero que a importância extra não atrapalhe os jogadores", completou.

O Atlético-PR promete invadir o Anacleto. Para manter o embalo e tirar proveito do fato de o Azulão contar com poucos torcedores, o clube vai disponibilizar três ônibus para sócios. As organizadas virão em outros veículos. Cerca de 1.200 atleticanos, que já compraram ingresso antecipado, são esperados no estádio. MB

S.Caetano e Atlético-PR revivem a final do Brasileirão de 2001

São Caetano e Atlético-PR revivem hoje, no Estádio Anacleto Campanella, em escala menor e em circunstâncias diferentes, já que disputam a Série B, a final do Brasileirão de 2001. Naquela ocasião, o Furacão venceu os dois confrontos - 4 a 2 em Curitiba e 1 a 0 no Anacleto Campanella - e ficou com o único título nacional de sua história.

Adolescente naquela época - tinha 15 anos -, o volante Moradei tem vaga lembrança daquela final, mas avalia que o duelo de hoje também terá componente decisivo. "É o jogo do ano para a gente, uma final antecipada, porque uma vitória nos coloca na frente deles de novo e nos faz seguir na briga pelo acesso."

Por conta da característica ofensiva do Atlético-PR, Moradei prevê que nesta partida a entrega do São Caetano na marcação deve ser maior. "O time deles é bastante técnico, trabalha bem a bola e joga em velocidade."

Para o volante, a vitória sobre os paranaenses no primeiro turno (1 a 0) dá mais confiança. "Eles vão querer tirar pontos da gente. Então, temos de ter confiança de que se já os vencemos uma vez podemos conseguir de novo, porque agora jogamos em casa e temos de fazer valer nosso mando."

Moradei não acredita que os três pontos obtidos diante do Vitória possam provocar excesso de confiança no São Caetano. "Estamos 100% concentrados e cientes de que temos de jogar com humildade", afirmou.

Em 13 jogos entre as equipes, o Azulão venceu quatro, o Furacão seis e ocorreram três empates. MB