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Apreensivo, Reali reclama da fiscalização
Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
29/10/2012 | 07:57
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O prefeito de Diadema que tentou renovar o mandato, Mário Reali (PT), passou o domingo de eleição preocupado com a Promotoria de Justiça Eleitoral que aplicou ‘tolerância zero' à atividade de boca de urna na cidade. Enquanto percorreu escolas, o petista deu telefonemas para correligionários em busca de ajuda, alegando que apenas pessoas com camisas vermelhas estavam sendo coibidas pela Polícia Militar.

"Estou apreensivo com o tanto de informação que estou recebendo. A fiscalização de boca de urna está sendo direcionada, só estão prendendo gente com camisa vermelha. Tem gente vestindo verde também e ninguém olha. Prenderam até um senhor que estava com a camisa da CUT (Central Única dos Trabalhadores). Vamos documentar tudo isso e acionar a Justiça", relatou.

Durante o trajeto, Reali telefonou para o deputado federal Paulo Teixeira (PT) e pediu auxílio. "Aqui em Diadema e em Santo André estão pegando só o pessoal da gente", confidenciou. Ele também contou sobre o pacto contra boca de urna que assinou na quinta-feira, que contou com aviso prévio de que a atividade não seria tolerada. A equipe do Diário apurou que, até as 13h de ontem, quatro ocorrências envolvendo 15 pessoas foram registradas pela polícia.

Sem muita festa, o prefeito deixou sua residência ontem exatamente às 9h13 e seguiu com visitas aos colégios eleitorais da cidade. Reali compareceu em várias salas de votação e desejou bom trabalho para todos. Com os policiais militares de plantão, o petista conversou em voz baixa e repetiu o discurso.

O prefeito votou por volta das 11h na Escola Estadual Tristão de Athayde, no Centro. À ocasião, concedeu entrevista e voltou a repetir que confia no reconhecimento do povo. O petista resgatou as histórias do PT e da cidade e disse que elas se confundem. Lembrou que seu partido foi pioneiro na urbanização de favelas e na aplicação de políticas públicas inovadoras como o Orçamento Participativo. E utilizou o município como laboratório. "O desafio é continuar inovando. Esse mandato serviu para colocarmos a Educação na pauta."

Reali lamentou o fato de a campanha ter sido pautada por "mentiras", destacando o caso das catratas no terminal da EMTU colocadas pelo governo do Estado, que, segundo ele, confundiu a população. O petista também reservou o discurso para criticar o governador Geraldo Alckmin (PSDB), apoiador de seu adversário no pleito, Lauro Michels (PV). "O governo do Estado precisa deixar clara qual é a política para se buscar recursos. O governo federal disponibiliza verba por meio de projetos e programas. Agora, o Estado ainda é ausente."

O petista ainda acompanhou o voto de seu vice, Gilson Menezes (PSB), e do ex-prefeito e deputado federal José de Filippi Júnior (PT). "O PT é um partido de chegada, vamos ganhar", vislumbrava o parlamentar.




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