Política Titulo Crítica aos rivais
Com Michels, Morando cita caso Mensalão

Deputado estadual exalta pupilo e alfineta petistas: 'Já podem escolher as penitenciárias'

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
28/10/2012 | 07:32
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Se Lauro Michels (PV) adotou estilo comedido na reta final para avaliar a campanha do prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), o deputado estadual Orlando Morando (PSDB) assumiu o papel de crítico aos rivais do pupilo. E fez questão de falar do caso do Mensalão.

"O Lauro pode andar com seus amigos. O do lado de lá, não pode. Acabaram de ter o passaporte apreendido. Em Diadema, você, eleitor, pode escolher no melhor para a cidade. Eles (petistas), em qual penitenciária vão ficar", afirmou, citando a solicitação ao STF (Supremo Tribunal Federal) do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, de apreensão dos passaportes dos condenados no caso.

Padrinho político do prefeiturável do PV, Morando afirmou que "José Dirceu (PT) cansou de desfilar por Diadema, e que agora os petistas tentam escondê-lo". Ex-deputado e ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu foi um dos 25 condenados pelo STF no Mensalão - 12 foram absolvidos. O petista foi enquadrado por corrupção ativa e formação de quadrilha no esquema de compra de votos no Congresso na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Apesar de se esforçar para não atacar acidamente o PT, Michels não deixou de alfinetar o adversário. Na Avenida Rotary, no Serraria, ele ironizou o motorista de um carro de som tentou atrapalhar a atividade verde. "Sai, barata petista, vocês deixam gosto ruim", afirmou no microfone. "Manda um beijo para o Mário Reali", emendou.

O oposicionista fez várias brincadeiras durante o ato que percorreu diversos bairros do município. Em uma delas, afirmou que "a previsão do tempo para a eleição é mínima de 13º e máxima de 43º", em referência aos números de PT e PV nas urnas.

"Nossa campanha foi simples, humilde. Mas foi a campanha do povo, que quer vencer a máquina administrativa. Essa máquina que está acabando com a cidade. Amanhã (hoje), Diadema vai voltar a respirar", salientou o verde.

 

CARRO QUEBRADO

No meio da atividade, na esquina das avenidas Ferraz Alvim e Casa Grande, o caminhão de som em que estava a comitiva do PV quebrou. "Parece até que foi o Mário Reali quem consertou isso aí", brincou o locutor da caravana. A minicarreata teve de ser interrompida por quase meia hora, até solucionar o problema mecânico.

 

Líder no estudo, verde prega pés no chão

 

A última rodada de pesquisas do Diário, divulgada ontem, mostrou que o oposicionista Lauro Michels (PV) está próximo de quebrar a hegemonia de 30 anos de gestões de petistas ou aliados em Diadema. Mesmo assim, o verde pregou pés no chão horas antes da eleição.

"Quase 20 pontos é número bom, mas temos de ter pés no chão. Queremos trabalhar até a última hora, do mesmo jeito que vai ser na Prefeitura se for eleito. O trabalho será maçante para que a população perceba que temos prefeito na cidade a partir de agora", disse.

Ele evitou se colocar como vitorioso antecipado, a despeito da margem favorável. "Não dá para falar como prefeito eleito. Só depois de 100% das urnas apuradas amanhã (hoje), às 17h."

Michels comemorou o fato de aparecer 19,6 pontos percentuais à frente do prefeito Mário Reali (PT) na votação válida. "É um sentimento maravilhoso de mudança na cidade."

O candidato do PV corroborou a avaliação de Reali sobre sua equipe de governo. Ontem, em São Bernardo, o petista reconheceu falhas no secretariado e problemas de comunicação com munícipes. "Mário mesmo admitiu que (a gestão) está ruim. A pessoa quando admite que governou mal é porque foi muito ruim mesmo", opinou o verde.

 

BOCA DE URNA

O oposicionista afirmou estar tranquilo com a possibilidade de boca de urna em frente às escolas hoje. Ele relembrou o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado por ele e Reali na quinta-feira, na sede do Ministério Público em Diadema. "Não vamos desrespeitar a lei."

 

 




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