Principal nome da oposição na Câmara de São Bernardo, o vereador Admir Ferro (PSDB) avalia que os vereadores eleitos que vão compor a bancada não podem abrir mão do papel fiscalizador das ações do prefeito Luiz Marinho (PT).

Para o tucano, os parlamentares oposicionistas não devem se intimidar com a condição de minoria na Casa. Dos 28 vereadores que iniciam o mandato em 1° de janeiro, apenas oito são da oposição.

"A oposição tem que fiscalizar, ficar de olho nas aberrações que podem ser encaminhadas à Câmara. Evidente que não terá força numérica, mas os vereadores não podem se intimidar. Têm de recorrer ao Judiciário e ao Tribunal de Contas (do Estado) se necessário", disse Ferro.

O presidente do diretório municipal tucano abriu mão de disputar outro mandato na Casa para ser postulante a vice na chapa do ex-candidato a prefeito Alex Manente (PPS), que não conseguiu impedir a reeleição de Marinho.

Sem Admir Ferro, o PSDB conseguiu reeleger os vereadores Hiroyuki Minami (presidente da Câmara) e Juarez Tudo Azul. Com 3.206 votos, Júnior Moreira ficará como primeiro suplente da coligação PSDB/PMN. Ele é afilhado político do deputado estadual Orlando Morando (PSDB). Já o PPS triplicou a representação na Câmara e passará a contar com seis parlamentares.

Apesar disso, Ferro avalia que o desempenho do PSDB na eleição para vereador foi considerado bom.

"Quando assumi a direção do partido (em 2011) fiz um levantamento e verifiquei que só tinha dois pré-candidatos a vereador. Fizemos um trabalho de reestruturação para montar a chapa de candidatos", alegou o tucano.

CONTRA A MÁQUINA

Mesmo com a derrota para o PT na eleição para prefeito, Admir Ferro avalia que os tucanos agiram de maneira correta ao se aliarem aos popular-socialistas.

"Tivemos que enfrentar a máquina (pública). Isso não é fácil. Mesmo assim tivemos um bom desempenho."

No início do ano, o PSDB cogitou lançar candidato a prefeito em São Bernardo, mas abdicou da ideia para apoiar Alex Manente.