Política Titulo AntiPT
Zé Augusto vai com Lauro Michels

Ex-deputado e Maridite fecham apoio com prefeiturável do PV em Diadema

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
11/10/2012 | 07:26
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O ex-deputado e vereador eleito José Augusto da Silva Ramos (PSDB), a ex-prefeiturável do PSDB Maridite Cristóvão de Oliveira e o PSDB diademense vão caminhar com o candidato do PV à Prefeitura, Lauro Michels, no segundo turno. A aliança foi confirmada ontem durante reunião no diretório do tucanato diademense no fim da noite. Hoje, às 19h, no comitê de Maridite, o acordo será divulgado à imprensa.

Desta forma, consolida-se uma aliança antiPT na cidade. Os petistas tentam emplacar a reeleição do prefeito Mário Reali. Além de José Augusto e Maridite, o grupo já conta com adesão do quarto colocado na corrida eleitoral majoritária, o humorista Edvan Rodrigues de Souza, o Buiú (PMN).

A cúpula verde conseguiu convencer José Augusto a apoiar Michels no segundo turno. O prefeiturável do PV assinou carta de compromisso com o cacique tucano garantindo participação política do PSDB em seu eventual governo e adotar projetos defendidos por Maridite na campanha.

Materiais com as fotos de Michels, José Augusto e Maridite serão confeccionados e distribuídos na cidade já na semana que vem. O tom dos panfletos será a mudança de administração do município.

O acordo foi selado a despeito da investida pesada da coordenação de campanha de Reali sobre José Augusto. Os petistas queriam ao menos que o tucano se mantivesse neutro na continuidade do pleito. O PT utilizava argumento de abandono do PSDB estadual na campanha de José Augusto e Maridite, além do racha no ninho tucano em 2010.

À ocasião, José Augusto não conquistou a reeleição para a Assembleia Legislativa e culpou Michels pelo fracasso. O atual prefeiturável do PV decidiu apoiar o deputado estadual Orlando Morando (PSDB) em vez de trabalhar pela reeleição do correligionário de Diadema. A turbulência culminou na saída de Michels do PSDB em setembro do ano passado.

José Augusto foi o vereador mais votado no domingo, com 7.254 votos - recorde na história política do município. Maridite, sua mulher, foi terceira colocada na briga pela Prefeitura, com 21.388 sufrágios. A diferença entre Reali e Michels no primeiro turno foi de 10.894 votos.

Ontem, uma reunião pela manhã no Palácio dos Bandeirantes reforçou desejo do governador Geraldo Alckmin (PSDB) de ver PSDB e PV juntos em Diadema. Alckmin vislumbra neste ano possibilidade histórica de tirar a hegemonia petista na cidade. Em 30 anos, o PT só não governou o município entre 1997 e 2000. Neste período, o Paço diademense foi comandado por Gilson Menezes (PSB), justamente o postulante a vice na chapa de Reali.

 

TRANSFERÊNCIA

Pesquisa divulgada pelo Diário um dia antes da eleição mostrou que a tendência dos votos de Maridite é migrar para Michels no segundo turno. O levantamento avaliou o potencial de segundo voto dos candidatos (considerando o prefeiturável preferido do entrevistado fora da disputa municipal).

Neste quesito, 47,5% do eleitorado de Maridite apostariam no verde e somente 11,5% adeririam a Reali. Outros 32,8% votariam em branco ou anulariam.

No segundo turno, a pesquisa indicou ligeira vantagem de Reali. O petista foi citado por 52,8% dos entrevistados, ante 47,2% que inclinaram voto em Michels. A diferença de 5,6 pontos percentuais apontava empate técnico dentro da margem de erro, de três pontos.




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