Política Titulo Eleições 2012
Tensão e surpresas no comitê do PT

Prefeito de Diadema, Mário Reali tenta animar militância depois de não confirmar expectativa de vitória no 1º turno

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
08/10/2012 | 07:00
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A eleição de Diadema só será definida no segundo turno. O prefeito e candidato à reeleição, Mário Reali (PT), manteve liderança na disputa, mas não com percentual suficiente para vencer diretamente ontem. Com 46,75% dos votos válidos (105.456 sufrágios), o petista terá de enfrentar mais 20 dias de campanha contra Lauro Michels (PV), que conquistou 41,92% da preferência do eleitorado (94.562 adesões).

Candidata de última hora pelo PSDB, Maridite Cristóvão de Oliveira ficou em terceiro, com 9,48% dos votos válidos (21.388 sufrágios). Buiú (PMN), com 1,62% (3.652 votos) e Ivanci dos Santos (PSTU), com 0,22% (493) completaram a lista. Vladão Trombini (PCB) não teve adesões computadas por pendências na Justiça Eleitoral.

A apuração em Diadema durou pouco mais de duas horas. A rapidez, no entanto, não diminuiu a tensão no comitê central do PT. As primeiras parciais apontavam Michels à frente de Reali, fator que adicionou doses de suspense.

Petistas vibraram quando o prefeito ultrapassou o rival com 40% das urnas apuradas. Foi uma das raras vezes em que houve festa no comitê. A cada parcial, e com Reali sem conseguir se desgarrar do vereador do PV, apoiadores roíam ainda mais as unhas. Alguns dissecavam teses sobre o segundo turno. Vários viam impávidos os números em telão. Todos estavam surpresos com desempenho de Michels.

Reali apareceu às 20h, juntamente com seu vice, Gilson Menezes (PSB), e com o padrinho político José de Filippi Júnior (PT). Em caminhão de som, tentou animar os presentes. "Não ficaremos em casa, pode ser primeiro, segundo ou terceiro turnos."

No discurso, houve espaço para puxão de orelha na militância. "O recado da população foi dado e diz que precisamos dialogar mais. Nossa militância talvez tenha jogado papel sem conversar muito." Assim que a frase foi proferida, reclamações surgiram entre os presentes.

Filippi logo em seguida empunhou o microfone. Recordando retrospecto de disputas apertadas em Diadema, o deputado federal deu o tom da campanha petista a partir de hoje. "Agora, Mário, vamos andar de bairro em bairro, fazer a discussão. E vamos acabar com esse ‘playboyzinho' que quer ser prefeito e não vai ser. Aqui em Diadema, não."




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