Após confirmar seu nome como melhor opção para administrar Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB) saiu pelo bairro Santa Tereza para cumprimentar eleitores. Com sorriso no rosto, o tucano tinha a companhia de seu padrinho político, o prefeito Adler Kiko Teixeira (PSDB). Ao lado da maior autoridade do município, Maranhão foi ignorado por seu adversário, o petista Claudinho da Geladeira (PT), que cumprimentava eleitores no mesmo local.

O prefeiturável oposicionista caminhou a passos largos à frente de sua militância, que também não deu atenção aos tucanos. Algumas pessoas chegaram a pedir que os adversários se abraçassem. "Não votarei neles e eles não votarão em mim", disse o petista. Maranhão seguiu sua jornada como se nada tivesse ocorrido, e acompanhou sua candidata a vice, Marilza Aparecida de Oliveira (PTB), que votou na mesma escola que a atual vice, Helenice Arruda (PTB).

O ex-secretário de Obras registrou seu voto às 10h20, na EE Edmundo Luiz da Nóbrega Teixeira. A escola recebe o nome do pai de Kiko, que também votou no local. "Este foi o homem que começou tudo em Rio Grande. Devo muito respeito a ele", exaltou Maranhão, ao se deparar com um retrato do patriarca da família do atual prefeito.

O tucano usou o restante do dia para agradecer aos eleitores. Pouco depois das 17h, dezenas de fiscais tucanos já tinham acesso aos boletins de urnas que determinavam os escolhidos por mais de 33 mil eleitores. O comitê localizado na Rua José Maria de Figueiredo foi o ponto de encontro para a comemoração da vitória nas urnas.

Boca de Urna

"Já tem candidato?". Bastou andar alguns metros para ouvir a frase, repetida à exaustão em pontos próximos às escolas da cidade. Prática da boca de urna dominou as ruas do Santa Tereza. Homens e mulheres ganhavam R$ 50 para executar a ação, que configura crime eleitoral.

As ações flagradas pela reportagem do Diário, no entanto, não foram observadas pelo contingente total de 28 policiais militares.