A pesquisa de intenções de voto para prefeito de Mauá publicada ontem pelo Diário confirmou o que o candidato Irmão Ozelito (PTB) diz que já havia constatado: a fuga de adesões à sua candidatura. O petebista caiu de 7,3% para 3,8% na sondagem e jogou a toalha sobre qualquer possibilidade de avançar ao segundo turno.

Abatido, o prefeiturável trata o resultado da eleição com indiferença. "Vou ter uns 5%. Não vou falar que vou para o segundo turno. A gente anda na rua e sabe que os outros estão na frente", reconhece.

A decepção de Ozelito tem nome: Campos Machado, presidente estadual do PTB, que prometeu apoio ao candidato. "Nunca chegou", declarou. Questionado sobre o que faltou à sua campanha, o prefeiturável admitiu também a sua parcela de responsabilidade. "Faltaram recursos, apoio, experiência. Faltou bastante coisa. Quase tudo."

Ontem pela manhã, o petebista visitou as feiras da Vila Magini e do Jardim Zaíra. Como o de praxe, esteve sozinho, sem assessores ou militantes. "Enquanto que os outros aceleraram na reta final, nós regredimos." A decepção deve culminar com a sua saída do PTB, onde ingressou em 2011 pela garantia de apoio na corrida ao Paço.

Apesar de praticamente desistir da disputa, Ozelito ainda não revela quem apoiará no segundo turno. Em setembro, ele cogitou renunciar à candidatura em favor de Vanessa Damo (PMDB). "Vamos analisar segunda-feira."