A cúpula da campanha de Maridite Cristóvão de Oliveira (PSDB) à Prefeitura de Diadema praticamente descartou realização de comício com a presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Para tentar minimizar a ausência do cacique tucano, os coordenadores da empreitada estudam a organização de ato com lideranças tucanas locais.

Em agosto, em reunião no Palácio dos Bandeirantes, Alckmin mostrou disposição em participar de atividade eleitoral em Diadema, apesar de ele ter perdido no município para Aloizio Mercadante (PT) na disputa pelo governo do Estado. Na ocasião, pediu até para seu secretário particular agendar um dia para percorrer ruas diademenses. Desde então, o tucano vem protelando a realização do ato.

A despeito do cenário desfavorável à vinda de Alckmin, Maridite mostrou confiança em ter o governador em seu palanque. "O convite foi feito. Depende da disponibilidade da vinda do governador. Diretório estadual está fazendo essa análise. Conversamos toda semana, ainda há possibilidade de vir para reta final", disse.

Evitando falar em confronto com o PT - que concentrou atividades com ministros e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos últimos 30 dias de campanha -, Maridite avaliou que muitas vezes é válido caminhar ao lado de lideranças locais.

"(A presença de ministros) É muito relativa. Primeiro são alguns nomes desconhecidos da população. A ministra Miriam (Belchior, do Planejamento e Orçamento) nunca trabalhou em Diadema. O peso é ser ministra do Estado brasileiro. Mas dizer que as mulheres de Diadema conhecem a Miriam Belchior não é verdade. Às vezes é melhor vir com liderança local e significativa para a cidade. Mas cada um faz suas escolhas", afirmou a tucana.