Todos os postulantes ao Paço de Diadema, com exceção do prefeito e candidato à reeleição pelo PT, Mário Reali, participaram ontem de debate no Grupo Educacional Uniesp, no Centro. Como o esperado, os cinco prefeituráveis não perderam a oportunidade de fazer duras críticas ao petista ausente.

Lauro Michels (PV) manteve a postura que costuma adotar nos demais eventos. Falou sobre a falta de organização do sistema de Saúde e de um plano de cargos e salários para os médicos. O vereador citou ainda a falência da Saned (Companhia de Saneamento de Diadema). "Hoje temos uma dívida de R$ 680 milhões. Por isso, temos de ter um plano de pagamento. O cidadão também teve aumento na conta de água, o que vamos rever com rigor."

Já Maridite Cristóvão de Oliveira (PSDB) adotou tom mais ácido. Acostumada a discorrer sobre suas propostas de maneira amena, ela teceu críticas mais intensas à atual administração. "Acho lamentável que um prefeito para se reeleger tenha que trazer ministros e o ex-presidente para a cidade quando sua principal propaganda deveria ser o seu mandato", disse, recebendo os aplausos da plateia.

O candidato Ivanci Vieira dos Santos (PSTU) também optou por mudar um pouco o tom habitual. Um dos mais aclamados pelo público, ele se mostrou mais solto para defender seus ideais. "A municipalização foi um crime cometido e, em todo o processo, não houve diferença na qualidade de ensino."

Edvan Rodrigues de Souza, o Buiú (PMN), arrancou risos dos alunos e demais prefeituráveis ao fazer suas considerações. "O prefeito diz que a Saúde na cidade está boa, mas só se for a dele", brincou.

Vladão Trombini (PCB), por sua vez, manteve sua avaliação à gestão petista. Assim como no debate promovido na quinta-feira pelo Diário, ele chamou o Quarteirão da Saúde de "monumento à doença" e criticou sua arquitetura. Segundo ele, há mais espaço para estacionamento do que leitos. "É preciso analisar com o que o gestor está preocupado", alfinetou.