Quinta-feira será um dia decisivo para Saulo Benevides (PMDB), candidato ao Paço de Ribeirão Pires. Para a data foi marcada a audiência para analisar o pedido de cassação do registro do peemedebista.

A representação eleitoral foi impetrada por Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS), representante da administração na corrida eleitoral. O pedido de indeferimento da chapa é por suposto abuso de poder econômico.

O processo foi baseado em fotos e vídeos que mostram Saulo supostamente utilizando a estrutura da campanha para distribuir jornal da cidade, que seria usado a seu favor. A edição que consta no processo reproduz a manchete do Diário publicada no dia 26. O texto afirmou que Saulo era líder da pesquisa das intenções de voto, com vantagem de 10,2% sobre o segundo colocado, Dedé.

As testemunhas que aparecem nas imagens serão ouvidas pelo juiz eleitoral de Ribeirão, José Wellington da Costa Neto. A expectativa é a de que a sentença seja dada no mesmo dia. O magistrado analisará se o jornal foi usado pela campanha do PMDB e se o fato causou desequilíbrio no pleito, prejudicando os adversários.

A denúncia oferecida pela coligação governista ressaltou que as proprietárias do jornal, Camila Ferreira da Silva e Francine Rosa Duclos da Silva, eram assessoras do vereador Koiti Takaki (sem partido), coordenador da campanha de Saulo.

A defesa, por sua vez, reiterou que Dedé também utiliza o jornal de seu pai, Gemecê de Menezes, para favorecimento da sua chapa. Além disso, Saulo admitiu que houve doação de 5.000 exemplares para a campanha peemedebista e que por isso a distribuição ocorreu partindo pelo comitê. O peemedebista não retornou aos contatos da equipe do Diário.