Dando sequência à peregrinação política no Grande ABC, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, acompanhou o prefeito de São Bernardo e candidato à reeleição, Luiz Marinho, durante caminhada na Vila São José, ontem.

Miriam criticou a ineficiência administrativa do antecessor de Marinho no Paço, William Dib (PSDB), e do prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB).

"O governo federal liberou, em 2007, recursos (de cerca R$ 500 milhões) do PAC (Programa de aceleração do Crescimento, para obras de Habitatção, Saneamento e Drenagem). O outro prefeito (Dib) não fez nada."

O recurso estava parado nos cofres da União, porque faltava enviar alguns documentos para a Caixa Econômica Federal até 31 de dezembro, quando acabava o mandato do tucano.

Após vencer o pleito, em outubro de 2008, Marinho procurou o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu padrinho político, para resolver a situação e assegurar o aporte financeiro.

"A partir da conversa que tive com o Lula, ele postergou o fornecimento dos dados da Habitação para 31 de março (de 2009) e de Saneamento e Drenagem para 31 de abril", disse o prefeito.

Com relação a Aidan, Miriam Belchior disse que o petebista perdeu a oportunidade de conseguir recursos. "Eu falei ontem (sábado, em Santo André) que a cidade (por meio do programa de fomento às creches do governo federal) poderia cadastrar para 13 (escolas de ensino infantil), mas fez somente uma inscrição. Por isso que lá (Santo André) é preciso mudar o governo", criticou, pedindo voto para o aliado Carlos Grana (PT).

APOIO AO TELEFÉRICO

Durante a caminhada, Marinho apresentou a Miriam Belchior um dos locais que pode abrigar o sistema de teleférico que pretende implantar nos bairros montanhosos. Para isso, ele está desenvolvendo o projeto executivo para obra para angariar financiamento.

Mesmo sem conhecer detalhes da iniciativa, a ministra observou que a iniciativa deu certo no Rio de Janeiro e outros lugares do mundo. "O Marinho tem apresentado bons projetos e executado bem. É isso que o governo federal quer. Num outro momento teremos condições de avaliar esse projeto em Brasília", considerou.

Confiante na viabilidade de seu audacioso projeto, o chefe do Executivo já estuda duas propostas de empresas da Suécia e Áustria, que desenvolvem tecnologias para os teleféricos.

Procurado, Dib não foi localizado pelo Diário.