Economia Titulo Salários
Sem aumento real, 68,8 mil
metalúrgicos fazem greve

Trabalhadores da região devem cruzar os braços a partir de
terça-feira; paralisação deve seguir por tempo indeterminado

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
15/09/2012 | 07:20
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Cerca de 68,8 mil metalúrgicos de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra devem cruzar os braços a partir de terça-feira, com o objetivo de pressionar as empresas do segmento a oferecerem aumento real (acima do índice da inflação). Essa foi a decisão tomada ontem em assembleia, realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Ao todo, a campanha salarial da categoria engloba 70 mil pessoas na base do sindicato, mas o grupo patronal de fundição (1.200 trabalhadores) ofereceu reajuste real, com a reposição pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), de 5,39%, mais alta de 2,59%, proposta que foi aceita ontem. Os 35 mil trabalhadores nas montadoras não participam da campanha deste ano porque em 2011 fecharam acordo válido por dois anos. Para o Grupo 2 (que abrange máquinas e eletrônicos), o 3 (autopeças, forjarias e outros); 8 (trefilação e laminação, entre outros), 10 (que inclui lâmpadas e material bélico) e no segmento de estamparia, não houve avanços.

A entidade sindical esclarece que houve empresas dessas áreas que já concederam reajustes acima da inflação, mas a negociação não é feita em separado, pela FEM-CUT (Federação dos Metalúrgicos de São Paulo da CUT), em nome de 14 sindicatos da categoria no Estado, com os representantes patronais dos setores.

O sindicato informa ainda que, na segunda-feira, os dirigentes dos comitês sindicais dos ramos metalúrgicos que entrarão em greve vão se reunir para avaliar quais indústrias já deram o aumento real. A intenção é parar apenas as que não propuseram mais do que a reposição da inflação.

Há ainda a expectativa dos sindicalistas de que os grupos patronais apresentem, neste fim de semana, propostas salariais que revertam a decisão de parar na terça.

GRANDE ATO - Os metalúrgicos ligados à CUT no Estado e também os da base da Força Sindical e trabalhadores de outras categorias (como bancários, petroquímicos e petroleiros) pretendem fazer uma grande manifestação na Avenida Paulista, na quinta-feira, às 10h, em frente ao prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) para a obtenção de aumentos reais.

 

 




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