Economia Titulo Mobilização
Metalúrgicos da GM
paralisam produção

Decisão vale por 24 horas e é reação à recusa da empresa
em melhorar a proposta salarial oferecida aos trabalhadores

Marília Tiveron
Do Diário OnLine
13/09/2012 | 08:10
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Cerca de 10 mil trabalhadores da produção da General Motors de São Caetano irão cruzar os braços durante toda esta quinta-feira. A medida vale por 24 horas e é uma reação à recusa da empresa em melhorar a proposta salarial oferecida aos metalúrgicos.

A decisão foi tomada após assembleia realizada por volta das 6h30 desta quinta-feira, na qual participaram cerca de 5 mil funcionários dos 1° e 3° turnos. Por volta das 15h30, outra reunião foi realizada com os do 2° turno e a paralisação foi ratificada.

Segundo o presidente interino do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Francisco Nunes Rodrigues, a categoria entrará com pedido de mesa-redonda no Tribunal Regional do Trabalho para que as negociações sejam retomadas na Justiça. "A empresa está intransigente então iremos apelar para o tribunal", disse. Nunes também afirmou que não dá para determinar quais serão os próximos passos da categoria, porque não se sabe se haverá uma movimentação da GM. "Agora tudo é uma incógnita. Estaremos de prontidão caso haja uma nova proposta."

A direção da empresa anunciou ontem que não iria oferecer mais do que o aumento que não foi aceito em assembleia na terça-feira - os 8,24% de reajuste salarial (5,39% de reposição da inflação e 2,85% de aumento real), a partir de 1° de outubro, e abono de R$ 3.250 a ser pago no dia 14.

Apesar da recusa da base em São Caetano, os 7,5 mil funcionários da GM na planta em São José dos Campos (interior paulista) aceitaram o aumento. "A partir desse momento continuaremos a luta sozinhos", disse, na terça-feira, o presidente interino do sindicato.

Na semana passada, a categoria, reunida na porta da fábrica, havia considerado insuficiente o percentual de 7,5% (somados a reposição da inflação, de 5,2%, e o aumento real) e abono de R$ 2,5 mil oferecidos pela montadora. A recusa da proposta foi unânime.

Em 2011, os trabalhadores da GM em São Caetano conquistaram reajuste de 10,8% e abono de R$ 3 mil.




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