O peemedebista Saulo Benevides, candidato à Prefeitura de Ribeirão Pires, participou ontem da sabatina da Aciarp (Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Ribeirão Pires), no Teatro Euclides Menato. O prefeiturável foi corrigido pela plateia após cometer um equívoco sobre o sistema de funcionamento da Zona Azul - estacionamento pago pelo motorista de acordo com o tempo de permanência de seu veículo no local.

"O munícipe deixa o carro no Centro (onde há o modelo de estacionamento) para ir trabalhar de manhã, o que facilita o furto, já que o veículo fica o dia inteiro no mesmo lugar", disse ele.

Após a declaração, Saulo foi corrigido por um espectador, que informou sobre a irregularidade de manter o carro estacionado durante um dia inteiro. Isso porque o motorista adquire o cartão da Zona Azul (que deve constar a placa do carro e o horário que o motorista estacionou seu veículo), de acordo com tempo de permanência, que varia entre 30 minutos e duas horas. Para estender o prazo, é necessário comprar um outro cartão, já que o objetivo do modelo de estacionamento é a rotatividade dos carros nas ruas.

Outro participante da plateia ainda complementou que, ao ultrapassar o tempo no local, o motorista está sujeito à multa. Saulo tentou contornar a declaração ao dizer que duas horas ou dez minutos são suficientes para que um automóvel seja furtado.

No início da sabatina, o candidato peemedebista falou sobre o aumento de furtos registrados no Centro da cidade, principalmente onde há Zona Azul. A declaração errônea sobre o funcionamento do estacionamento veio após uma pessoa questionar se a estatística sobre os furtos era oficial e se o candidato tinha os números para apresentar aos munícipes. Saulo afirmou que não tinha os dados, mas justificou os roubos ao citar o tempo que o veículo fica exposto na rua.

De acordo com Saulo, a segurança feita pela GCM (Guarda Civil Municipal), por exemplo, seria uma forma de compensar o valor que o motorista desembolsa. "O espaço já é público, o munícipe (que já arca com os impostos) paga em dobro. É uma área pública que já é dele."