Os Correios estão operando normalmente em todo o Brasil. As mobilizações em protesto à proposta da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) - de reajuste salarial de 5,2% - não se concretizaram. Isso porque, das 17 assembleias realizadas na noite de ontem, 15 não deflagraram paralisação.

Novos encontros, entre sindicatos e trabalhadores, estão previstos para ocorrer até dia 25. "Como a campanha é nacional, unificada, precisamos seguir o calendário de assembleias. Em São Paulo, por exemplo, vamos realizar encontros permanentes, mas nenhum tem data certa ainda", diz o secretário geral da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares), Edson Dorta Silva.

Apenas duas assembleias deflagraram paralisação: no Pará e em Minas Gerais. No entanto, segundo a estatal, "98% do efetivo, nos dois Estados, estão presentes e trabalhando". Assim, tanto o atendimento ao cliente nas agências como a entrega de cartas e encomendas estão normais em todos os Estados brasileiros.

Em caso de eventual paralisação, a empresa já formalizou que possui plano de contingência para garantir a prestação de serviços à população.

Com data base em 1º de agosto, a categoria é formada por 120 mil trabalhadores. Desse total, 1.400 estão empregados nas unidades da empresa no Grande ABC. Na região há 18 agências dos Correios, 20 centros de distribuição e um centro de tratamento.

Os trabalhadores reivindicam 43,7% de aumento salarial, somadas perdas salariais desde 1994, o índice de inflação do País e aumento real de 10% - índice muito superior aos 6% propostos pela companhia.