Leonice Moura, a Leo da Apraespi (PSC), foi escolhida vice de Saulo Benevides (PMDB), candidato ao Paço de Ribeirão. Ela substitui sua irmã, Lair Moura Sala Malavila Jusevicius, a Lair da Apraespi (PSC).

Leo era candidata ao Legislativo e foi a primeira opção do peemedebista quando houve a necessidade da troca. A análise é de que o impacto da mudança 26 dias antes da eleição será menor, pois as duas representam o mesmo segmento, da Saúde. "Ela é conhecida na cidade e tem praticamente o mesmo nome da irmã", disse Saulo.

Lair precisou ser sacada da chapa, após participar da inauguração da UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas), no dia 1º. Apesar de não ter subido no palanque, o comparecimento de candidatos em eventos públicos até três meses antes da votação é proibido pela lei 12.034/09.

Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS), vice-prefeito e indicado do governo para a corrida pelo Paço, entrou com representação na Justiça Eleitoral de Ribeirão pedindo o indeferimento da chapa majoritária. Para evitar problemas jurídicos, Saulo não pensou duas vezes e começou a buscar outro vice.

Leo defendeu a irmã e afirmou que ela não sabia da mudança na legislação. "A Lair foi ao evento para discutir documentação com um dos participantes e também achou que o governador (Geraldo Alckmin, PSDB) estaria e queria dar um abraço nele. Ela não sabia que não poderia estar no recinto, a lei mudou recentemente", alegou Leo. Lair foi procurada, mas não retornou aos contatos da equipe do Diário.

A nova vice reiterou que a substituição foi feita de maneira tranquila - fala que rebateu os comentários de bastidores de que houve discussão entre Lair e Saulo na semana passada. "A troca foi feita em conjunto, porque trabalhamos na mesma área. Tudo ocorreu em prol de projeto político", ressaltou Leo.

A documentação para efetuar a troca ainda não foi levada ao cartório. Especulou-se que o prefeiturável está segurando a oficialização da mudança em decorrência da representação que Dedé entrou por abuso de poder econômico, que deve ser julgada nesta semana. A ação pede o indeferimento da chapa do PMDB e acusa Saulo de usar um jornal da cidade a seu favor. "A demora na entrega (dos documentos) é porque precisamos ter a renúncia da Lair e da Leo. Não estou preocupado com o processo do Dedé", salientou.

Nos bastidores comentou-se também que Lair estava resistente em assinar sua renúncia.

CONVENIÊNCIA

O grupo que apoiava a candidatura de Leo à Câmara recebeu ordens para trabalhar a favor de Anderson Benevides (PMN), sobrinho de Saulo. Fontes da campanha peemedebista ouvidas pelo Diário afirmaram que o apoio fez parte do acordo para sacramentar o nome de Leo na vice.

A socialista-cristã reiterou que seu papel agora é apoiar todos os postulantes da coligação. "Aos meus apoiadores preguei a independência, porque tenho que ajudar todos os candidatos", desconversou Leo.