Apostando na diversidade da indústria, o postulante à Prefeitura de Santo André pelo PT, deputado Carlos Grana, pretende conceder incentivos, caso eleito, para atrair empresas do ramo de gás, petróleo, naval e aeroespacial.

O petista projeta que num futuro breve o País será grande produtor nesses setores, condicionando que o poder público tem se antecipar a outras regiões e criar condições de inserção para não perder a oportunidade de investimento. "Se não dermos um passo à frente, São José dos Campos ( Vale do Paraíba) ficará com toda demanda."

Avaliando que Santo André está perdendo competitividade, o petista afirmou que a cidade tem capacidade para disputar empresas de alta tecnologia. Grana propõe seguir os passos do correligionário e prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), que articula a vinda da indústria de produção de caças e transferência tecnológica do mercado num momento em que a presidente Dilma Rousseff (PT) ainda prevê a compra de 36 aviões.

Grana utilizou o tom de apoio à industrialização em sabatina ontem no Ciesp Santo André. Além de sindicalista, Grana era funcionário da empresa Brosol. O prefeiturável alegou que uma das alternativas é criar zona especial para acolher as empresas e executar política diferenciada na área. Segundo ele, atualmente existem locais para abrigar esse tipo de setor. "Dou como exemplo a região projetada para viabilizar o Eixo Tamanduatey (nas redondezas da Avenida dos Estados)."

O prefeiturável garantiu que fará ações de governo para "proteger" as empresas. Para o petista, a proposta inicial também passa por manter as indústrias que já estão alocadas na cidade, pois se abdicar do movimento fica fadada ao fracasso. "O que seria de São Caetano sem a GM? É a mesma coisa que imaginar Santo André sem Rhodia, Eluma, Magneti Marelli, Pirelli, Firestone."

Após o discurso, Grana foi questionado sobre as razões de a bancada do PT na Câmara não votar a favor do projeto para viabilizar o terreno para a construção do Polo Tecnológico. Segundo ele, o partido era contrário somente à descaracterização da proposta original. "O PT votou favorável ao primeiro (projeto). Além disso, o governo (Aidan Ravin, PTB) tem maioria no Legislativo. São 21 vereadores e só seis do PT. Os problemas são outros."