A juíza eleitoral de Diadema Flávia Beatriz Gonçalves da Silva não acolheu representação feita pela coligação Pra Diadema Ter Mais, de apoio à reeleição do prefeito Mário Reali (PT), contra o candidato do PV ao Paço diademense, Lauro Michels (PV). O PT queria punição ao verde por ilações feitas pelo prefeiturável sobre a campanha petista ser financiada com dinheiro do Mensalão.

"Por ausência de prova contundente de que tenha o candidato (Michels) se referido diretamente ao patrocínio da campanha através do Mensalão (...) se faz o arquivamento da presente representação", escreveu a magistrada em sua decisão, proferida ontem. Além da juíza eleitoral, o Ministério Público Eleitoral opinou pelo arquivamento do processo e pela improcedência da ação.

O PT de Diadema argumentou que Michels fez relação direta entre a campanha de Reali e a verba de caixa dois proveniente do Mensalão, em julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal). O verde fez a insinuação por duas vezes: em atividade no morro do Samba, no bairro Serraria, e em carreata de apoio aos candidatos a vereador do PP, sigla que está no arco de alianças da empreitada majoritária do PV. A defesa de Michels disse que o candidato, apesar de falar sobre o escândalo do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não atrelou diretamente a corrida eleitoral de Reali ao Mensalão.

"As provas foram contundentes no sentido de provar que não houve acusações contra o Mário Reali, tratando-se de uma ação sem fundamento", afirmou Fernando Moreira Machado, advogado do PV. "A magistrada julgou improcedente a ação pela ausência de provas e porque as próprias testemunhas desmentiram a tese. Estou aliviado em saber que a Justiça foi feita", comentou Michels. O PT não informou se irá recorrer da decisão.

ATIVIDADE ELEITORAL

Ontem, Michels priorizou reuniões internas para definir as rotas que serão percorridas nesta semana. À noite, participou de jantar com pastores. Hoje, o candidato faz caminhada que parte do cemitério Vale da Paz, na Vila Paulina.